Reação à covid leva menina de 6 anos a ficar em coma: "Acreditava ser catapora", diz mãe.
Mundo
Publicado em 04/01/2021

A britânica e mãe de três Elizabeth Denver, 36 anos, de Steyning, West Sussex, relembrou os momentos de pavor que viveu depois de quase perder sua filha, Millie, 6 anos. O que ela acreditava ser catapora, na verdade, era uma reação à covid que ela sequer sabia que existia. Em depoimento ao Daily Mail, ela contou que Millie começou a se sentir mal na noite de sábado, dia 12 de dezembro, depois que três alunos de sua turma tiveram catapora. A menina apresentou algumas manchas no corpo, ficou pálida, começou a vomitar e teve febre com temperatura de 39,9 graus. Na segunda-feira seguinte, sua temperatura voltou ao normal, mas ela ainda estava sonolenta, sem fome, sofrendo de náuseas e chorando de dor à noite. Preocupada, a mãe ligou para o pediatra na manhã de terça-feira e foi aconselhada a chamar uma ambulância. Millie chegou ao hospital de Worthing por volta do meio-dia e transferida à noite, em coma induzido, para o hospital de Southampton. Ela permaneceu incosciente por dois dias e seus pais foram informados pela equipe médica que Millie tinha uma condição chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada ao Sars-CoV-2 (SIM-P) — uma reação à covid-19, que ela devia ter contraído algumas semanas antes, mas estava sem sintomas. "Eu estava realmente pirando. Minha mãe é enfermeira e, quando liguei do hospital para contar o que estava acontecendo, ela começou a chorar. Então, eu soube que as coisas estavam realmente sérias. Antes de colocá-la em coma, meu marido, Glen, perguntou se ela poderia morrer, e a enfermeira falou que não sabia dizer. Não tínhamos ideia de que ela estava com covid. Até ficar doente no sábado, 12, ela estava completamente normal e é uma menina muito ativa. Ela tinha ido para a escola e feito tudo que ela normalmente fazia", lembra.  "Todos os seus sintomas eram consistentes com catapora, mas quando as manchas não começaram a formar bolhas, fiquei preocupada. Ela estava com tantas dores no carro que você não conseguia tocá-la. Eu tive que carregá-la para o hospital e segurá-la porque ela estava toda mole", contou. A língua da menina também adquiriu uma cor branca e espessa pouco antes de chegar ao hospital — o que geralmente é consistente com uma infecção de garganta, mas a garganta dela estava bem. Os exames de sangue revelaram que o fígado e os rins de Millie estavam lutando. "A princípio, eles perceberam que ela estava com uma infecção em algum lugar, mas não conseguiram resolver. A frequência cardíaca dela estava muito alta e eles disseram que iriam colocá-la para dormir, dar um descanso aos órgãos e ajudar seu corpo a se recuperar. Quando a transferiram, ela estava dormindo, com tubos por toda parte e amarrada a um carrinho. Meu coração batia tão rápido e eu me sentia mal, não podia perder meu bebezinho. Eu senti que não conseguia respirar. Eu não pude viajar na ambulância com ela por causa da covid. Eu simplesmente não conseguia lidar com isso. Eu precisava ficar com ela", conta. Elizabeth, que também é mãe de Elsie, 9 anos, e Felicity, 12, disse que Millie ficou oito dias se recuperando no hospital, mas, felizmente, a menina recebeu alta no dia 23, a tempo para o Natal. Segundo a mãe, a recuperação foi rápida com o auxílio da fisioterapia. "Foi um alívio ouvi-la rir com as irmãs na véspera de Natal. Dias depois, passamos por parques cheios de crianças brincando juntas. Ninguém sabe que a covid pode ser tão ruim para eles", finalizou.*G1

(Foto: Reprodução/Daily Mail)

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