Também foram constados indícios de trabalho forçado, segundo o MPT. Os trabalhadores pagavam caução, tinham 60% dos salários retidos, recebiam apenas 40% em moeda chinesa, enfrentavam ônus excessivo para rescisão contratual e tinham passaportes retidos. Esses fatores impediam a saída ou o retorno ao país de origem, configurando confisco de valores recebidos.
As jornadas eram de 10h diárias, com folgas irregulares. Os trabalhadores descansavam em condições inadequadas, sobre materiais de construção, por exemplo.
Também havia restrições de movimento e contratos não formalizados ou de difícil compreensão agravavam a situação, caracterizando violações sistemáticas aos direitos trabalhistas.
Em nota, a BYD diz que rompeu o contrato com a construtora terceirizada e alojou os 163 trabalhadores em hotéis da região.
Trabalhadores chineses são resgatados de situação análoga à escravidão na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal
Imagens mostram condições de trabalho em obra da BYD na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal