O aposentado Ânor Alves de Oliveira, morador de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, relatou ter recebido a vacina trocada durante aplicação da segunda dose do imunizante contra a Covid-19.
No dia 24 de abril, o idoso recebeu a primeira dose da CoronaVac, do Instituto Butantan. Já a segunda dose, que foi aplicada 28 dias depois, foi da AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Depois que ela aplicou, ela olhou meio assustada e eu perguntei o que foi. Ela falou que parece que tinha aplicado errado, foi a de Oxford, em vez de ser a Butantan", relatou o idoso.
Apesar do susto, ele disse que não sentiu nenhuma reação após a troca das vacinas, porém, deseja saber se está imune ao novo coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 16 mil pessoas receberam a primeira e segunda doses da vacina de laboratórios diferentes.
Já em Vitória da Conquista, cidade do sudoeste da Bahia, três casos de vacinas trocadas foram registrados até esta sexta-feira (30), segundo a Secretaria de Saúde do Município. A secretaria ainda informou que os casos estão sendo monitorados pelo município.
Conforme relatou o aposentado, ele foi ao posto de saúde para fazer uma notificação sobre o caso. No entanto, 10 dias após o procedimento ele não recebeu nenhuma ligação ou visita de algum membro da Saúde.
De acordo com o infectologista Eder Gatti, a eventual troca é considerada um erro de vacinação.
"Uma vez que o indivíduo começa o esquema de vacinação com uma dose de um determinado fabricante, ele deve fazer a segunda dose do mesmo fabricante", explicou o médico.
Ainda segundo o infectologista, a troca não oferece riscos à saúde, mas alertou que cada caso precisa ser avaliado.