Estudante da BA é selecionada para doutorado em Portugal e faz vaquinha online para custear estudos.
13/08/2020 08:53 em Bahia

Uma estudante de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, foi selecionada para o doutorado em estudos africanos no Instituto Universitário de Lisboa, em Portugal. Entretanto, ela não tem condições financeiras, nem bolsa de estudos e por isso, resolveu pedir ajuda por meio da internet. Pra custear os estudos, Joelma dos Santos criou uma vaquinha virtual. O valor total que ela precisa é R$ 40 mil reais, até o momento conseguiu R$ 21 mil. Joelma dos Santos é graduada em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e mestre pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Agora ela precisa dar mais um passo no mundo acadêmico e para o doutorado fora do país, ela tenta contar com a ajuda das pessoas. "Além do processo de pagar para a candidatura, depois que você é aprovado, tem que pagar a pré-inscrição, que custa 350 euros para você confirmar sua matrícula isso é por volta de R$ 2,1 mil. Além disso, tem as mensalidades, anualmente são dois mil euros", revela Joelma. Diante da dificuldade financeira, além da vaquinha virtual, Joelma gravou um vídeo nas redes sociais para divulgar e pedir ajuda por meio da vaquinha. O depoimento teve milhares de visualizações e compartilhamentos. Em duas semanas ela tinha conseguido arrecadar quase R$ 15 mil. Joelma não vai ser a primeira doutora da família. O irmão dela, Josebel dos Santos faz doutorado em física e sabe as dificuldades de ser pesquisador no Brasil.

"Primeiro desafio que a gente tem que falar é financiamento. Estar dentro da universidade e continuar com mestrado, doutorado requer financiamento", reforça. Joelma é a filha mais velha de uma família com quatro filhos. Como os irmãos sempre estudou em escola pública. A mãe, Elza Maria Maia é professora e amante da literatura. O pai, José dos Santos, é carpinteiro e não queria que nenhum dos quatro filhos trabalhasse antes da hora. "Tanto sofrimento que eu tive, não queria que meus filhos passassem a mesma coisa", revela José. José conta que foram mais de 30 anos seguindo ofício que garantiu o sustento da família. Enquanto ele atuava na carpintaria, na garagem de casa, Elza ensinava os quatro filhos. Professora, ela reforçava o conhecimento dos filhos, que assim como ela se tornaram professores.*G1BAHIA— Foto: Reprodução/TV Subaé

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