Mãe relata dificuldades para comprar remédios e suplementos para filho autista e pede ajuda na Bahia.
15/07/2020 08:24 em Bahia

A mãe de uma criança que tem autismo e lúpus pediu ajuda para conseguir comprar os remédios e suplementação do menino, que mora com ela em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador. Dalila Maurício disse que recorreu ao Núcleo Regional de Saúde (NRS), mas não conseguiu assistência no local. Álvaro Caetano Maurício tem 6 anos e foi diagnosticado com autismo aos 2. Ele também desenvolveu lúpus, uma doença que faz com que ele perca nutrientes com muita facilidade e, por isso, precisa do auxílio de suplementos. "As descobertas foram feitas logo quando ele nasceu, porque ele não mamou, não mantinha contato visual. Por eu ter alguém de 10 anos, eu vi que era diferente. Meu filho mais velho andou e falou mais rápido do que ele, ele regredia. Aos oito meses, ele era um bebê completamente inquieto, passava horas balançando as mãos e olhando para o nada. Então vi que ele realmente era diferente", contou a mãe do menino. A partir do diagnóstico, começou a batalha de Dalila em busca do tratamento da criança. Ela contou que procurou assistência no NRS, mas, por causa de burocracias em relação a comprovação das doenças do menino, as medicações ainda não foram fornecidas. Álvaro tem assistência pública na área de educação e nas terapias. Durante a pandemia, a rotina de Álvaro mudou. As aulas foram suspensas e o atendimento na Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae) também. Para tentar manter o ritmo de aprendizado e desenvolvimento, atividades como pintura e leitura, por exemplo, passaram a ser feiras em casa, com a ajuda da mãe e do irmão. "[Médicas] Elas mandaram um segundo módulo e junto com ele, a máscara. As fonos que ele gosta e as outras terapeutas fazem vídeos para a gente fazer com ele em casa", explicou Dalila. Dalila é diarista, mas, por causa da pandemia, não está trabalhando. A maior parte da renda da família vai para os remédios e suplementos de Álvaro. "A renda que a gente tem hoje é R$ 1.445, que é o benefício de prestação continuada. Eu recebia como bolsa família R$ 82, devido ao auxílio emergencial, eu estou recebendo R$ 600. Eu sou diarista mas, devido a pandemia, realmente é complicado", contou Dalila. "O caso de todas as famílias que precisam de um leite, que a gente não seja obrigada a se humilhar, porque nós pagamos imposto. As autoridades estão em posição de nos ajudar, então, que esse processo não seja tão burocrático. Por exemplo, se tem um laudo de uma médica que tem tudo comprovando que a criança necessita, para quê eles querem um exame? Porque a moça pediu um exame de no mínimo 60 dias. O laudo da médica não vale?", questionou a mulher. A reportagem da TV Subaé entrou em contato com o diretor do Núcleo Regional de Saúde (NRS), Edy Gomes, que informou que desconhece do caso e não há qualquer registro de atendimento à mulher na unidade.*G1BAHIA— Foto: Reprodução/TV Subaé

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!