A véspera de São João em Salvador, na noite de terça-feira (23), foi marcada por denúncias de som alto e aglomeração em vários bairros. A prefeitura recebeu 495 denúncias em um dia.
"Elaboramos seis operações na cidade, além do pronto-atendimento com o recebimento de denúncias. A maior delas é de área pública, com veículo. Nossas operações, ontem [terça], fizeram três apreensões de equipamento sonoro em área pública", conta a coordenadora de poluição sonora da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Márcia Cardim.
Na fiscalização, as equipes foram até a Cidade Baixa e, no bairro Jardim Cruzeiro, um bar foi interditado. O dono estava vendendo bebidas e várias pessoas consumiam do lado de fora.
Na região da Baixa do Fiscal, as equipes receberam a denúncia de uma festa de aniversário, com som alto e fogueira. Quando chegaram no local, a festa ocorria, mas foi encerrada. As pessoas foram revistadas, muitas estavam sem máscara. A fogueira foi apagada e o som apreendido. Segundo o capitão da Polícia Militar, Eduardo Trindade, além de interditar os estabelecimentos que funcionam sem autorização e apreender equipamentos sonoros, também é feito um trabalho de conscientização. "No contexto atual, com essa pandemia, nós atribuímos a nossa operação para conscientizar a população, para evitar aglomerações, não permanecer em bares, nas ruas e usar a máscara. O trabalho da polícia não é só a repressão, nós também trabalhamos com a prevenção", explica.
No bairro de Marechal Rondon, a festa acontecia na rua, com uma fogueira acesa. O som de um carro foi apreendido.
De acordo com a coordenadora de poluição sonora da Semop, quem teve o som apreendido tem 10 dias para apresentar defesa junto ao órgão. A defesa é avaliada por uma comissão e, em seguida, a pessoa paga uma multa e os equipamentos são liberados.*G1BAHIA— Foto: Reprodução/TV