Medicamentos contra hipertensão e hipertireoidismo começam a faltar em farmácias de Salvador.
13/05/2020 10:40 em Bahia

Alguns medicamentos, em especial para controle da pressão alta e do hipertireoidismo, começaram a faltar nas farmácias de Salvador. Um dos motivos é que algumas das substâncias são produzidas na China, e não chegam com facilidade em função das restrições nas medidas de importação. “O grande problema é que essas substâncias são produzidas na China. E o governo chinês interditou os laboratórios fabricantes das substâncias, não podendo assim ser enviadas para o Brasil. Estamos aguardando uma nova remessa, que deve estar nas farmácias a partir do início do mês de junho", contou Luis Trindade, diretor do Sindicato das Farmácias. O personal tarainer Neto Barreto conta que está bastante preocupado com a situação, já que está perto dele completar 30 dias sem o medicamento para tratar a produção em excesso dos hormônios da tireóide “Daqui a pouco faz um mês sem meu medicamento. Meu medo é até quando o meu organismo, a minha taxa hormonal, vai se manter em equilíbrio sem meu medicamento”, disse. Além disso, para Neto, a falta da medicação faz com que os pacientes busquem os remédios em lojas online, o que potencializa o estado de ansiedade. “O hiperparotidismo te leva à depressão, te leva à ansiedade. Toda essa busca pela internet cria a expectativa de encontrar meu medicamento e, quando finaliza, dá cancelado, e isso causa uma frustração, me causa uma ansiedade. Eu fico na expectativa de que conseguir meu medicamento, mas não consegui", contou. Algumas das substâncias que estão em falta são: losartana, omerzartana, valsartana , todos para o tratamento da pressão alta. Segundo Helton Estrela, endocrinologista, é importante que esses medicamentos não fiquem em falta. “Esses medicamentos não podem faltar, principalmente nesse momento da pandemia. A gente precisa lembrar que hipertensão arterial é um dos fatores de risco para a complicação da Covid-19. É muito importante que os pacientes estejam bem tratados, bem compensados, na pandemia”, disse o endocrinologista. Em função dessa realidade, alguns farmacêuticos orientam que, uma vez identificada a falta do remédio, que o paciente peça ao médico a substituição por outro que seja encontrado nas farmácias. “Como são medicamentos de prescrição, nós não podemos fazer nenhuma substituição e nem temos essa autonomia aqui na farmácia. A orientação é de que eles retornem ao médico e vejam se o médico consegue substituir por algum medicamento que não esteja em falta", disse a farmacêutica Mariana Leite.*G1BAHIA— Foto: Reprodução / TV Bahia

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