Incêndio atinge quarto de hotel em Arembepe e hóspede relata prejuízo entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
23/12/2019 16:35 em Bahia

Um incêndio atingiu um quarto de um hotel em Arembepe, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador, no domingo (22) e destruiu diversos pertences de uma família que foi até o local passar o final de semana. Segundo a direção do estabelecimento, o problema foi provocado por um curto circuito no ar-condicionado. As vítimas alegam que prejuízo pode chegar a R$12 mil. Conforme Rafael Garcêz, que estava hospedado no hotel com a esposa e o filho de sábado (21), uma emenda na fiação do equipamento de refrigeração chamou atenção da família logo na chegada deles. “Assim que eu olhei o ar-condicionado vi que tinha emenda entre o fio original, para que o fio original atingisse até a tomada. Aquilo me chamou atenção, mas não a ponto de querer intervir de qualquer maneira. Coloquei, encaixei na tomada, e fui me arrumar para sair posteriormente. Só que o ar-condicionado não funcionou, continuou quente, abafado e fazendo barulhos estranhos. Foi quando eu pedi para a recepção que mandasse alguém da manutenção. E foi feito. Chegou o rapaz da manutenção, muito solicito e educado, olhou tudo, fez o que tinha o que fazer. O ar passou parcialmente. O gelar do ar-condicionado, que a gente espera, de ficar o ambiente fresco, não ficou, mas passou a ventilar ", disse. Ainda segundo Rafael, apesar do problema, eles dormiram normalmente e, no dia seguinte, já na manhã de domingo, foram passear na praia. A informação sobre o incêndio só chegou até eles três horas depois do passeio, durante uma ligação feita pela direção do hotel. “Eles ligaram e pediram para ficar calmo que não tinha sido nada demais. Calmo continuei. 'Olha, teve um pequeno incidente no seu quarto e você teve alguns materiais que foram queimados'. Ai já me causou estranheza. Como queimado? Não tinha vela, não tinha nada que pudesse causar o incêndio. Ai ele falou que houve um pequeno incêndio no quarto. Aquilo me chamou atenção", contou.

Rafael disse ainda que ele perdeu várias coisas no incêndio. Desde materiais e roupas novas, até documentos importantes do trabalho dele. “Eu tinha bolsas, roupas, algumas até na etiqueta do meu pequeno. Eu tinha aparelho eletrônico, celular, carregador portátil, kits de maquiagem. Tinha algumas joias, calçados, dinheiro em espécie, documentos importantes, até de trabalho, que estava portando, porque à noite eu ia parar para ler com mais calma. Eu tive um prejuízo estimado entre R$ 10 mil e R$ 12 mil reais", pontuou. O homem relatou também que uma tentativa de negociação foi feita com a gerência do estabelecimento, mas que nada foi decidido.

“O gerente falou que eu estava certo. 'Vou manter contato com o proprietário e te dou retorno'. Em cinco minutos ele retornou e o proprietário falando que não tinha condições de estar pagando os materiais que foram danificados no incêndio. Eu falei para ele. Vou ter que tomar as medidas cabíveis e futuramente a gente acerta. O que não posso é sair e dizer amém a isso", pontuou.

Os estragos do incêndio foram registrados em um vídeo gravado pelo próprio Rafael. Nas imagens dá para ver muitas coisas queimadas, além de marcas no teto e muita água no chão, utilizada para apagar as chamas. Na gravação, o homem relata que poderia ter morrido. “Eu poderia ter morrido por asfixia, ou até carbonizado, à noite, com meu filho, com a minha esposa", contou.

O que disse o hotel

Por meio de nota, o hotel disse que o hóspede saiu para a praia e deixou o ar condicionado ligado, que o ar-condicionado funcionou perfeitamente durante a noite toda, entrou em curto interno e provocou um pequeno incêndio, que foi detectado e debelado pelos servidores. A nota disse ainda que, para apagar o fogo do aparelho, foi usado "extintor apropriado, que provoca muita fumaça e depois espargido água, para esfriar a periferia". Disse também que "nenhum móvel do hotel ou pertence do hóspede foi atingido. Apenas uma pochete, que estava exatamente abaixo do ar, foi atingida pelo material plástico derretido e pelo fogo do ar, ficando bastante danificada".

A nota ainda afirmou que "para não prejudicar o lazer do hóspede, foi esperado o retorno da praia para comunicar o fato. E que ficaram surpresos com o desespero demonstrado pelo hóspede, que entrou em incontrolável pânico'".

Por fim, o hotel disse que o hóspede não queria indenização e falava apenas em ação judicial. Mas que depois passou a se identificar como policial e chamou alguns colegas que o aconselharam a fazer um acordo, e então relatou o prejuízo de R$ 10 mil reais para que o assunto fosse encerrado. Mas que a direção achou o valor "descabido".*G1BAHIA — Foto: Reprodução / TV Bahia

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