Professores da rede municipal de Salvador realizam manifestação contra demissão de profissionais contratados pelo Reda.
03/12/2019 11:05 em Bahia

Professores da rede municipal de ensino realizam protesto em frente à sede da Secretaria de Educação, na Av. Garibaldi, em Salvador, na manhã desta terça-feira (3). O ato foi organizado após os docentes serem avisados de que mais de 2 mil profissionais com contratos pelo Reda seriam demitidos. A manifestação começou com uma caminhada que saiu da Avenida Vasco da Gama, por volta das 9h, e seguiu em direção até a Secretaria Municipal de Educação.

Conforme Marileide Lima, professora de uma creche municipal, a notícia da demissão foi descoberta através das redes sociais.

"Uma circular da Secretaria de Educação foi divulgada nas redes, dizendo que todos os redas do edital de 2014 serão demitidos. Mas eles não levaram em conta que tem gente que entrou em 2017 e 2018. Ou seja, gente que ainda tem o contrato pra vencer. A informação é que todos serão desligados no dia 21 de dezembro. E a informação procede, porque confirmamos com a Secretaria Educação", contou. Ainda segundo Marileide, o ato é para proteger os direitos dos trabalhadores, principalmente os que ainda têm tempo de contrato de mais de um ano.

"Eles apenas decidiram. A maioria dos professores ainda tem mais de um ano pela frente. A gente tá querendo que eles revejam isso, e deixem as pessoas que ainda têm tempo", concluiu. Para Marcelo Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Regime Especial do Estado da Bahia, não é justo que esses profissionais fiquem desempregados.

"A legislação municipal é clara. Se houver rescisão contratual, o contratante deve indenizá-los. Se eles não vão cumprir o contrato com os professores, a gente espera que a prefeitura cumpra pagando os professores  Redas", afirmou. A professora Ana Serra, que ainda tinha mais dois anos de contrato, conta que a situação é preocupante. "Meu contrato venceria em 2021, mas mesmo assim recebo a informação de que vou sair. Isso veio como uma bomba. A gente tem filho para criar, pagamento de contas. Eu tinha meus planos de mais dois anos de trabalho. Como vamos alcançar um outro trabalho? Aonde vamos consegui um outro trabalho. A gente quer nossos direitos", disse.

A previsão é que ato só seja encerrado após negociação entre representantes dos professores e da Secretaria de Educação.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação, que ficou de se posicionar sobre o caso.*G1BAHIA — Foto: Phael Fernandes/G1 Bahia

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