Com índice acima da média, bairro de Valéria deixa Salvador em alerta para infestação de mosquito da dengue.
29/08/2019 08:36 em Bahia

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti aumentou quase cinco vezes, de abril a julho, em Salvador. O bairro com o pior índice de toda a capital baiana é Valéria, que saiu de 2% para 9,9%. O percentual é maior do que a média geral de Salvador, que é de 2,7%. Os dados são do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), feitos pelo Ministério da Saúde, divulgados durante esta semana, e deixa a capital baiana em alerta para uma infestação do mosquito da dengue.

O bairro de Valéria tem o recorde deste ano. O maior LIRAa registrado antes dessa divulgação era em Fazenda Coutos, com 7,4%. Durante todo o ano, de janeiro a agosto, Salvador registrou 4.279 casos suspeitos de dengue, 228 de zika e outros 1.246 de chikungunya. Nesta quarta-feira (28), agentes de saúde do município estiveram em várias locais do bairro de Valéria, para uma operação de combate ao mosquito da dengue. Entre os locais visitados pelos agentes está a Escola Municipal Professor Italo Gaudenzi, na localidade de Lagoa da Paixão. A gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Andréa Salvador, explica que a cidade se mantém em alerta para um possível surto de dengue. "O índice [em toda a capital] continua em 2,7%, mas, nesta localidade que estamos, Lagoa da Paixão, o índice está muito alto, em 9,9%. Nós fizemos, com o resultado do LIRAa, uma ação de bloqueio ampliado, verificando todos os imóveis da região, e agora estamos em um trabalho de revisita. Nós estamos fazendo todo um trabalho de inspeção, para evitar que existam ainda focos a serem debelados", disse. Andréa falou também sobre a dificuldade dos agentes em entrar nos imóveis para fazer o controle dos focos do mosquito Aedes aegypti.

"Nós temos algumas dificuldades, dentre elas podemos falar da dificuldade de entrar na casa dos moradores. Então, é sempre bom frisar que nosso agente é fardado, identificado, tem crachá. E caso o morador tenha dúvidas ou dificuldade de identificá-lo, pode pedir o crachá e ligar para o Centro de Controle de Zoonoses, através do número 3611-7354, e nós verificaremos imediatamente se esse agente realmente é um agente de endemias", pontuou.*G1BAHIA — Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação

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