Promotores baianos criaram uma vaquinha virtual para tentar ajudar uma mulher e o filho dela, de 7 anos, a voltar para a cidade natal deles: Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Luisette Batuvuidi, de 31 anos, e Heritier Luntadilla estão abrigados em Salvador há pouco mais de 1 ano, após serem impedidos de entrar na Espanha. De acordo com a promotora Márcia Teixeira, que é uma das organizadoras da vaquinha, mãe e filho foram mandados para a capital baiana porque passaram pela cidade antes de seguir para o país europeu, onde fizeram escala. A família saiu do Congo com o objetivo de seguir para a França, mas, antes, passou pelo Brasil e teria que entrar na Espanha, para seguir viagem. Além de mãe e filho, o marido Luisette, que não teve o nome divulgado, e outros congoleses também fizeram a viagem, com a intenção de recomeçar a vida. A promotora Márcia Teixeira explica que o grupo se dividiu durante o percurso e parte conseguiu chegar à França, incluindo o marido de Luisette, mas o resto da família foi impedida. De acordo com a promotora, mãe e filho passaram dificuldades quando chegaram a Salvador, na tentativa de completar a viagem, até que Luisette desistiu. Morando em um abrigo para pessoas em vulnerabilidade social, a estrangeira quer voltar para casa. "Em Salvador, ela [Luisette] ficou meio desassistida, passou várias coisas tentando voltar e não conseguiu. Aí, ela foi colocada em uma casa de acolhimento", disse a promotora. "Ela entrou em um estado de tristeza muito grande e o que ela vem pedindo é para voltar para o Congo, voltar para junto da família dela" Após tomar conhecimento do caso, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) conseguiu documentos para mãe e filho ficarem no Brasil temporariamente e tenta promover o retorno deles para a terra natal. O marido de Luisette, que também tentou ajudar a família, sem sucesso, ficará na França. "Nós buscamos em todas as instituições possíveis, a possibilidade de comprar a passagem pra ela voltar pro Congo, porque a ela foi perguntado se queria ser registrada como refugiada, mas ela não quer esse status", conta a promotora. Além da vaquinha, um brechó solidário também foi desenvolvido. A vaquinha foi criada em 17 de maio e tem previsão de encerramento em 20 de junho. O objetivo é reunir R$ 15 mil para custear as passagens e doar uma quantia para a família levar para o Congo. Até a noite da terça-feira (4), o valor arrecadado era de pouco mais de R$ 2 mil. "A gente está com muita expectativa que dê certo, com fé em Deus vai dar certo e eles vão voltar pra casa e para a família deles" *G1BAHIA — Foto: Reprodução