Suspeito de matar namorada grávida com beiju de tapioca envenenado é preso em casa na Bahia.
Bahia
Publicado em 15/03/2019

Um jovem de 20 anos, suspeito de matar a namorada grávida com um beiju de tapioca envenenado com chumbinho, foi preso nesta quinta-feira (14), no município de São Gonçalo dos Campos, a cerca de 110 km de Salvador. O beiju é uma iguaria, originária da região Norte do país, feita com a fécula extraída da mandioca e é também conhecido apenas como "tapioca". De acordo com informações da Polícia Civil, o caso ocorreu no dia 28 de maio de 2014. O suspeito, que tinha 15 anos quando cometeu o crime, estava respondendo ao processo em liberdade, aguardando decisão judicial. A vítima, Deisiane Soares Cerqueira, também era menor quando foi morta — a polícia não informou, no entanto, quantos anos a jovem tinha. Nesta quinta, o juízo de direito da Vara dos Efeitos da Infância e Juventude da Comarca de São Gonçalo dos Campos expediu mandado de busca e apreensão contra o jovem para que ele fosse levado para uma comunidade de atendimento socioeducativo (Case) para cumprir a pena, pelo fato de ser menor de idade quando o crime ocorreu.

O jovem foi peso na casa onde mora com a família, na Rua Campos Sales, no centro da cidade. A Polícia Civil de São Gonçalo dos Campos informou que, após a prisão, o jovem foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana, para realização de exame pericial, e, em seguida, para a Case Zilda Arns, na mesma cidade, onde deverá cumprir a pena. A polícia informou que o jovem e a vítima tiveram um desentendimento e que, após isso, ele colocou chumbinho no beiju da namorada. Após ingerir o alimento, Deisiane passou mal e chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal de São Gonçalo dos Campos, mas não resistiu. A polícia não soube informar se o bebê que a jovem esperava era do suspeito e nem com quantos meses de gravidez a vítima estava. Ainda conforme a Polícia Civil, o envenenamento foi comprovado como a causa da morte após realização de necrópsia e exames laboratoriais na vítima Após a investigação, a polícia indiciou o jovem e encaminhou o caso à Justiça. O processo, no entanto, só foi finalizado agora com o mandado de internação do suspeito. No Brasil, a punição máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é de três anos de internação.

 

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