Formandos de administração denunciam golpe na realização de colação de grau e festa; prejuízo estimado é de R$ 40 mil.
Bahia
Publicado em 18/09/2017

Dezoito alunos de uma universidade privada de Salvador, que deveriam ter comemorado a conclusão do curso de administração no sábado (16), amanheceram na delegacia nesta segunda-feira (18). Os formandos denunciaram a empresa contratada para organizar a colação de grau e a festa de ter aplicado um golpe e não ter produzido os eventos. De acordo com os alunos, o contrato com a empresa de eventos foi feito em dezembro do ano passado. Cada formando pagou R$ 2.500 para a solenidade e o baile de formatura, que não ocorreram. O prejuízo financeiro estimado para o grupo passa de R$ 40 mil, sem contar com os gastos com aluguel de roupas e, em alguns casos, compra de passagem aérea para a familiares. A reportagem conseguiu conversar por telefone com a dona da empresa "Realeza Eventos", Joseane Batista. Ela não quis gravar entrevista e falou que está reunindo documentos para provar que teve problemas com fornecedores e outros serviços terceirizados para se defender das acusações. Os formandos, entretanto, estão indignados. "A gente sabe que o prejuízo financeiro é grande, mas o emocional é incalculável. A gente espera que a Justiça faça a parte dela, que ela responda por isso, que não engane outras pessoas", disse Juliana Tolentino. A formanda Nadjane Brito conta quando o grupo percebeu que a colação e a festa não iriam ocorrer. "Chegando lá [ao espaço de eventos], uma pessoa estava arrumando o salão, já com flores, com algumas toalhas, alguma coisa. E também não tinha sido pago. Então, foi ali, naquele exato momento, que a gente soube que fomos vítimas de um golpe, que nada estava sendo feito. Que ela não tinha pago nenhum fornecedor. Ela dizendo o tempo todo: 'Estou chegando, vai acontecer'. O pior é que ela dizia, categoricamente, que ia acontecer". Os estudantes, que tiveram quatro anos de estudo com mensalidade que variaram de R$ 500 até cerca de R$ 700, se dizem frustrados. A titular da 16ª Delegacia Territorial, Maria Selma Lima, afirmou que o caso será investigado criminalmente. "Isso aí foi um crime de estelionato. Trouxe prejuízo para várias pessoas".

 

 

 

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