Na decisão da Justiça Federal que culminou em apreensão de dinheiro no apartamento supostamente relacionado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, consta que o Núcleo de Inteligências da Polícia Federal teria recebido uma informação por telefone apontando que, no último semestre, uma unidade do segundo andar de um edifício no bairro da Graça, em Salvador, estaria sendo utilizada pelo ex-ministro para guardar caixas com documentos. Geddel, que é ex-ministro dos governos Lula e Temer, e cumpre prisão domiciliar na Bahia. A partir daí, foram realizados contatos com moradores do prédio, que fica na Rua Barão de Loreto, área nobre da capital baiana, a fim de confirmar os indícios. Nessas conversas, a polícia atestou que uma pessoa teria feito uso do imóvel para guardar “pertences do pai”, o que segundo as apurações, "provavelmente" se tratava de Geddel Vieira Lima, cujo pai faleceu em 10 de janeiro de 2016. Conforme a PF, a Operação Tesouro Perdido deflagrada nesta terça tinha objetivo de cumprir o mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça, e após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou ao endereço em Salvador, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie.