Adolescente tem mais de 30% do corpo queimado após ser atingida com líquido inflamável; família diz que sogra da garota cometeu crime
Bahia
Publicado em 25/11/2024

Uma adolescente de 15 anos foi internada em estado grave após ter tido 32% do corpo queimado com líquido inflamável no sábado (23), no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador. A família da menina aponta que a autora do crime foi a sogra dela.

De acordo com Zamir dos Santos, tia-avó da vítima, a adolescente vivia um relacionamento abusivo com um rapaz, também menor de idade, há cerca de dois anos. Os dois se conheceram na escola e ele teria agredido a garota diversas vezes, deixando a jovem com marcas roxas no corpo.

Com dificuldades para impedir o relacionamento, a família levou a adolescente para a casa dos avós, na zona rural de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador. Mas na última sexta-feira (22), ela teria fugido sob a justificativa de que iria encontrar um amigo.

 
Adolescente tem corpo queimado em Campinas de Pirajá — Foto: Reprodução/TV Bahia

Adolescente tem corpo queimado em Campinas de Pirajá — Foto: Reprodução/TV Bahia

Os parentes só descobriram o que ocorreu quando a menina já estava no hospital, intubada. Uma testemunha disse que viu o momento em que a sogra atirou o líquido inflamável, que acreditam se tratar de gasolina, na garota. A vítima dormia no momento do ataque.

 

"Ela foi uma covarde, ela acabou com a família", disse a tia-avó ao condenar a agressão contra a adolescente.

 

A mãe da garota, Vanessa Santana, disse que a filha teve ferimentos no rosto, pescoço, tórax, perna e braços. "A ficha nem caiu ainda, de verdade. Porque eu deixei minha filha bem e me deparo com uma notícia dessas", lamentou a mãe.

 

Além das lesões por queimaduras, a menina sofreu outras agressões e chegou ao hospital com marcas no corpo.

A tentativa de homicídio é investigada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é dona da casa em que a adolescente estava. A mulher já foi identificada, mas, até o momento, não foi detida. Diligências são realizadas para encontrar a autora e esclarecer a motivação do crime.

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