Dois são presos em operação contra grupo que induz crianças a gravarem conteúdo sexual na internet
Bahia
Publicado em 31/10/2024

Dois homens foram presos em flagrante nesta quinta-feira (31), em duas cidades baianas, por suspeita de envolvimento em uma rede criminosa de abuso sexual infantil. De acordo com o Ministério Público, eles fazem parte de um grupo criminoso onde os suspeitos fingem não ser adultos, entram em contato com as crianças pelas redes sociais e as induzem a gravar conteúdos sexuais.

Os suspeitos foram presos em Salvador e Correntina, cidade que fica no oeste do estado. Conforme o MP, eles armazenavam, disponibilizavam e trocavam vídeos e fotos de crianças e adolescentes sendo abusadas e exploradas sexualmente.

Ainda conforme o MP-BA, as prisões fazem parte da Operação Lobo Mau, que cumpre 94 mandados de busca e apreensão em 20 estados do Brasil.

 

Durante as investigações, foi constatado que os suspeitos que fazem parte do grupo criminoso agem da seguinte forma:

 

  • Eles entram em contato com as crianças e adolescentes através de diversas plataformas digitais, como redes sociais e jogos online;
  • Os agressores fingem não ser adultos e ganham a confiança das vítimas;
  • Eles as induzem a produzir conteúdos sexuais e de nudez;
  • Depois que os conteúdos criminosos são consumidos pelo próprio agressor, eles são distribuídos em grupos fechados de trocas de mensagens.

 

 
 

Além da Bahia, mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Ainda conforme o MP, as prisões foram uma ação integrada do Grupo de Atuação Especial de combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Centro de Apoio operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) e da Polícia Civil, por meio do Núcleo Especializado em Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Virtual (NERCCA).

 

As investigações foram desenvolvidas através de uma força tarefa entre as instituições e teve apoio da agência de investigações interna (Homeland Security Investigations) e da embaixada dos Estados Unidos.

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