O crime aconteceu no dia 5 de agosto. Na ocasião, a vítima estava em casa com o filho, um bebê de um ano e três meses, quando o imóvel foi invadido por um suspeito identificado como Gilvan Damasceno dos Santos, conhecido com "Carrasco". Ele era perseguido pela polícia. 

Durante as negociações com a Polícia Militar, a jovem foi atingida por um tiro e socorrida para o hospital em uma caminhonete da corporação. A Polícia Militar afirma que o tiro que atingiu a jovem foi disparado pelo suspeito, mas a advogada dele negou. Segundo a defesa, o tiro partiu de um policial militar.

Em entrevista, Raísa Santos relatou que, no ocorrido, pediu para os policiais militares não atirarem e jogarem bombas na residência, mas não teve o pedido atendido. Segundo ela, Gilvan Damasceno estava desarmado quando os PMs entraram na casa.

"Os jogaram granada dentro da casa. Eu pedia socorro pela vida do meu filho. Era uma operação que podia ter dado certo, mas não deu. Quando o rapaz se rendeu, eu gritei que a gente iria sair. Eu estava bem ainda e enxergando. Eu fui atingida quando os policiais conseguiram entrar e não vi mais nada", relatou.

Raísa disse que ainda não conseguiu o tratamento adequado para cuidar da visão para o outro olho, em que ela consegue enxergar.

"Eu fico preocupada como vai ser quando meu filho nascer. Quando eu saí do coma, os médicos deram chances, mas ainda não consegui esse tratamento", disse a jovem.

Nesta terça-feira (29), Raísa prestou depoimento na Polícia Civil, que investiga o caso.