Polícia Civil descarta que corpo achado em Vera Cruz era de professora desaparecida
Bahia
Publicado em 01/08/2024

A Polícia Civil da Bahia errou ao informar que o corpo encontrado esquartejado e em avançado estado de decomposição, no fim da tarde de sábado (27), é da professora da rede municipal de Camamu, Ariane Roma dos Santos, de 36 anos.

Na terça-feira (30), a Polícia Civil (PC) da Bahia divulgou que o corpo dela havia sido encontrado esquartejado na localidade de Jiribatuba, em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador.

No entanto, nesta quarta (31), corrigiu a informação e disse que que não se tratava do corpo da professora, mas de outra pessoa que também estava desaparecida: Valdinéia dos Santos Oliveira, vista pela última vez em 19 de julho deste ano.

 

Os familiares de Valdinéia reconheceram o corpo dela no IML de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo, através de uma foto da tatuagem que ela possuía no braço. A identificação foi confirmada nesta quarta pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), que também negou que o cadáver em questão era de Ariane, como havia sido dito pela PC anteriormente.

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que "a 5ª Coorpin/Valença se solidariza com os familiares e amigos da professora Ariane Lima dos Santos, por acreditar, baseado em vários indícios, de que o corpo em questão poderia ser o da professora".

Informou ainda que diligências continuam sendo realizadas com o objetivo de localizar Ariane, vista pela última vez em Camamu. Um homem está preso por suspeita de envolvimento com o sumiço dela. 

 

Relembre o caso

 

Professora foi vista pela última vez em 25 de junho, em Camamu — Foto: Redes sociais

Professora foi vista pela última vez em 25 de junho, em Camamu — Foto: Redes sociais

 

Segundo a família, Ariane saiu de casa na tarde de 25 de junho, para visitar uma costureira, mas não chegou ao destino. Câmeras de segurança instaladas nas ruas de Camamu registraram imagens da mulher caminhando na região da Cidade Baixa. Depois disso, ela não foi mais vista e devido ao sumiço, familiares registraram queixa na delegacia local.

Segundo a Polícia Civil, investigadores tiveram acesso às imagens e refizeram os passos da professora, que ligou para um familiar um dia após o desaparecimento relatando que estava sendo mantida em cárcere privado pelo suspeito, em um sítio da região.

Em 4 de julho, o pedido de prisão temporária contra o ex-companheiro de Ariane foi feito pela polícia e concedido pela Justiça. No dia seguinte, a prisão foi convertida em preventiva. O nome do investigado não foi divulgado.

 
 
 

 

Versão do suspeito

 

Em depoimento à polícia, o suspeito contou que mantinha um relacionamento com a professora em paralelo com a atual companheira. No dia do desaparecimento, o investigado disse que a levou para um sítio, onde tiveram uma briga. Depois, ele a teria deixado às margens da BA-001, em Camamu.

A versão do suspeito não coincide com a versão do primo de Ariane, que diz ter recebido a ligação da vítima um dia depois, em 26 de junho.

Além disso, testemunhas disseram que, também no dia 26, ouviram tiros na região onde fica o sítio. No local, a polícia encontrou um revólver com um tiro deflagrado.

A principal linha de investigação do caso é que o suspeito teria matado a professora e escondido o corpo. O homem nega essa versão e continuará preso, conforme a Polícia Civil.

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