A família não entende o motivo do aumento de mais de mil reais, já que na residência moram apenas a idosa, Maria Ana Neto, e o marido, também idoso. Nos últimos meses, não houve nenhuma mudança na rotina do casal, como compra de novos eletrodomésticos ou reformas.

"Não uso ventilador, não tomo banho de chuveiro elétrico, não uso ferro de passar roupa", contou a aposentada.

Além da fatura de R$ 1,2 mil, em abril uma segunda fatura foi enviada para a residência, custando cerca de R$ 300. Ou seja, em um mesmo mês a família deveria pagar R$ 1,5 mil.

Antes da surpresa com a conta de R$ 1,2 mil, a família costumava pagar os seguintes valores:

• R$ 144 (janeiro)
• R$ 128 (fevereiro)
• R$ 111 (março)

Após a fatura de R$ 1,2 mil em abril, as contas de luz de maio e junho seguiram mais caras que o usual, mas não atingiram o valor de mil reais.

O filho da aposentada foi até a Neoenergia Coelba e pediu que a conta fosse revisada. Segundo ele, uma equipe ficou de ir até a casa da mãe para fazer uma vistoria, mas, três meses se passaram sem que o trabalho acontecesse.

Durante esse período, a aposentada não pagou a fatura e, por isso, na segunda-feira (22) a energia de dona Ana Maria foi desligada.

Um dia depois, na terça, a energia foi religada. A Neonergia Coelba informou que manterá a energia na casa da idosa enquanto durarem as investigações a respeito da fatura de R$ 1,2 mil. [Confira nota completa ao final da matéria]

A advogada Talita Santos, especialista em direito do consumidor, informou que existem alguns processos que podem ser feitos pelo consumidor em caso de cobranças indevidas. Confira:

1. Procurar a companhia para investigar se há algum problema com o medidor de energia;
2. Junto ao primeiro passo, o consumidor por registrar uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
3. Se a situação não for regularizada, o consumidor pode registrar uma queixa no consumidor.gov, uma plataforma online do governo focada na resolução de problemas entre empresas e consumidores. O Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e as Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procons) monitoram a situação;
4. Buscar a Justiça e o Procon.

"A neoenergia coelba informa que está realizando todas as análises referentes ao consumo de energia da unidade em questão. Equipes da distribuidora já foram encaminhadas ao local e coletaram as informações necessárias para seguir com as investigações. Devido à excepcionalidade da situação, a concessionária manterá o fornecimento de energia da residência ativo até a conclusão dos estudos. A Neoenergia Coelba se mantém à disposição".