Técnica de enfermagem denuncia agressão durante atendimento home care em Salvador
Bahia
Publicado em 05/07/2024

Uma técnica de enfermagem de 36 anos denunciou ter sido agredida, pelo filho de uma paciente, enquanto preenchia um prontuário durante um atendimento home care, no bairro da Ribeira, em Salvador. Segundo Luanda Pinho, o caso ocorreu na segunda-feira (1º).

À reportagem da TV Bahia, a filha da paciente informou que só vai se posicionar por meio de advogados. Já o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), repudiou, por meio de nota, as agressões sofridas pela vítima e reforçou a importância do preenchimento do prontuário.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, nesta sexta-feira (5), a técnica de enfermagem disse que nunca havia trabalhado com essa paciente.

 

"Foi a primeira vez que trabalhei na casa dessa paciente, um plantão de 24h. Os filhos dela, um homem e uma mulher, de 56 e 58 anos, ficam na residência cuidando dessa mãe", disse.

 

Ainda durante a entrevista, Luanda relatou que os filhos da paciente se deitaram para descansar, enquanto ela cuidava da idosa. As agressões ocorreram quando eles acordaram, primeiro, verbalmente e, depois, fisicamente.

"Quando eles acordaram, me sentei para fazer isso [preencher o prontuátio], e eles me surpreenderam com as agressões, porque queriam que parasse de preenchar para cuidar da paciente], mas eu tinha que registrar as informações", afirmou.

Técnica de enfermagem denuncia agressão durante atendimento home care em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Técnica de enfermagem denuncia agressão durante atendimento home care em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

De acordo com a Luanda, entre as agressões verbais, o suspeito a chamou de preguiçosa.

 

"Ele disse: 'a empresa fica mandando essas mulheres preguiçosas. você não vai levantar para cuidar da minha mãe? Se você não levantar, eu vou pegar você pelo braço e enxotar você aqui de casa'", contou Luanda.

 

"Reviver isso é muito difícil, mas espero que a justiça seja feita, porque isso já acontecido isso comigo antes, mas não nesse nível".

A técnica detalhou que o outro caso aconteceu quando atendia uma paciente no bairro do Tororó, também na capital baiana, quando a mãe da paciente queria que ela mudasse a filha de posição na cama. "Mas eu não conseguia fazer isso sozinha, porque a paciente era obesa", disse.

A advogada de Luanda, Adriana Oliveira, afirmou que vai tomar todas as medidas cabíveis. "Ela está com marcas na pescoço, já fez exame de corpo de delito", explicou.

O caso foi registrado na Polícia Civil e será investigado.

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