PF investiga empresas de hortifruti da Bahia suspeitas de sonegar tributos com valores que ultrapassam R$ 10 milhões
11/06/2024 14:53 em Bahia

A Polícia Federal cumpre 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de IlhéusItabunaPoções e Porto Seguro, no sul da Bahia, nesta terça-feira (11). A "Operação Xepa" investiga um grupo suspeito de sonegar tributos com valores que ultrapassam R$ 10 milhões.

Segundo a Receita Federal, a fiscalização identificou um grupo empresarial que é formado por pelo menos três empresas de distribuição, duas patrimoniais, usadas para ocultação dos bens, e diversas pessoas físicas.

As empresas operacionais eram constituídas por pessoas laranjassem capacidade econômicaparentes dos investigados, mas sem poderes de gestão nas entidades, que eram delegados por meio de procurações bancárias ou cartoriais.

 

A Receita Federal estima que o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a mais de R$ 100 milhões e abranger outras empresas do grupo.

Operação é resultado de investigação iniciada a partir de representações fiscais para fins penais, apresentadas pela Receita Federal contra duas empresas do ramo de distribuição de hortifrutigranjeiros. — Foto: Divulgação/PF

Operação é resultado de investigação iniciada a partir de representações fiscais para fins penais, apresentadas pela Receita Federal contra duas empresas do ramo de distribuição de hortifrutigranjeiros. — Foto: Divulgação/PF

 
 

As investigações apontaram que:

O grupo operava com empresas constituídas por laranjas, utilizando três empresas de distribuição de hortifrutigranjeiros e duas empresas patrimoniais, constituídas para ocultação e blindagem patrimonial.

As empresas de distribuição de hortifrutigranjeiros agiam em contexto de "total confusão patrimonial", ao atuar no mesmo ramo de atividade, compartilhar endereços, usar as mesmas marcas comerciais e promover intenso fluxo de valores entre as pessoas jurídicas e físicas que integram o grupo econômico.

 

Já no braço patrimonial do grupo, empresas constituídas em nome dos filhos dos beneficiários efetivos, sem desenvolver qualquer atividade operacional, acumularam patrimônio expressivo, através de compras de imóveis com recursos estranhos às entidades e de pagamentos direto das empresas do braço operacional.

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