Em entrevista concedida no Jornal da Manhã, na TV Bahia, André Moreno contou que a réplica tem todas as características e originalidade da obra feita pelo pai. O artista morreu em julho de 2022.

"É uma obra de fibra e resina de poliéster. Dessa vez, tivemos o cuidado de trabalhar com materiais extinguíveis, evitando assim a propagação do fogo", contou.

Segundo André, a construção da réplica foi iniciada em março deste ano e finalizada em junho. Agora, ele e o irmão, Gustavo Moreno, aguardam um posicionamento da Fundação Gregório de Matos para alinhar a instalação e reinauguração da obra.

Gustavo disse que está muito honrado em devolver, junto com o irmão, o monumento para Salvador.

"Que a gente possa, em breve, fazer essa grande homenagem. Um renascimento de Salvador", desejou.

Em abril deste ano, a Prefeitura de Salvador anunciou que a réplica da escultura seria entregue em até 90 dias. A obra assinada por Tatti Moreno tinha dois metros e era seguida por uma estátua de Oxóssi com 6,5 metros.

No incêndio, a escultura de Stella foi atingida pelo fogo enquanto a peça de Oxóssi não foi afetada.

Conforme foi informado pela prefeitura, a recuperação do monumento tem como objetivo conscientizar os soteropolitanos sobre atos de vandalismo e intolerância religiosa.

Imagens registradas no dia do incêndio mostraram a escultura de Mãe Stella consumida pelo fogo. A princípio, não havia detalhes se o incêndio teria sido criminoso ou causado por um curto circuito nos refletores de luz.

No entanto, a Prefeitura de Salvador, que é responsável pelo equipamento, afirmou que a imagem foi vandalizada. Na ocasião, o prefeito Bruno Reis lamentou o vandalismo e afirmou que o ato foi fruto de intolerância religiosa.

"Lamentável o incêndio criminoso na estátua de Mãe Stella de Oxóssi, ocorrido nesta madrugada. Não é a primeira vez que esse símbolo passa por uma situação de vandalismo atrelado à intolerância religiosa", escreveu à época.

A Delegacia de Itapuã investigou o caso, mas ninguém foi preso.