Caso Hyara Flor: polícia acredita que suspeito de matar adolescente na Bahia fugiu para o Espírito Santo
Bahia
Publicado em 12/07/2023

O adolescente de 14 anos, suspeito de matar a esposa Hyara Flor Santos Alves, que tinha a mesma idade, na cidade de Guaratinga, extremo sul da Bahia, fugiu para o Espírito Santo com a família. A informação foi divulgada pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).

 

 

“Depois do tiro, ele e a família dele fugiram por uma estrada de chão, que dá acesso a Minas Gerais e de lá foram para o Espírito Santo", revelou o delegado.

 

O crime aconteceu na quinta-feira (6) e, até a manhã desta quarta-feira (12), ninguém havia sido preso. O marido de Hyara e o pai dele desapareceram logo após a morte da adolescente.

Segundo Moisés Damasceno, policiais civis da Bahia foram encaminhados para o Espírito Santo, e lá, durante as investigações, conseguiu localizar um imóvel na cidade de Vitória. A família teria passado pelo local e partido para uma comunidade cigana, que fica no município de Cariacica, na região metropolitana da capital capixaba.

“As investigações estão na fase de depoimentos de familiares e pessoas que souberam mais ou menos como o fato transcorreu. A versão principal desse momento é que o tiro foi efetuado pelo esposo da vítima, que também é um jovem de 14 anos, integrante também da cultura cigana, que casou com ela no mês de maio passado”, informou.

 

Pai nega anúncio de recompensa

 

pai da adolescente Hyara Flor já afirmava que a filha foi morta pela família do marido da vítima. Hiago Alves disse que uma vingança motivou o feminicídio.

 

"Eles armaram, me induziram [a conceder o casamento]. Mataram minha filha, em uma morte injusta, por vingança. Meu irmão tinha caso com a mulher dele [sogro de Hyara], ao invés dele descontar e brigar com meu irmão, eles mataram minha filha inocente", disse o pai da vítima.

 

"Eu quero pedir justiça pela minha filha, em primeiro lugar. Mataram uma criança inocente. Eu quero justiça, a justiça de Deus e a da delegacia”, disse.

 

Ainda de acordo com Hiago, a adolescente vinha sofrendo violência doméstica desde o dia em que foi morar com a família do marido, há 47 dias, quando a cerimônia religiosa do matrimônio foi celebrada em uma igreja católica de Guaratinga.

 

“Minha filha, desde o primeiro dia que casou com ele, estava sofrendo. Compraram estaca [pedaço de pau] para bater em minha filha. Vi minha filha com o braço roxo e perguntei o que era aquilo. A mãe dele [genro] não deixou minha filha responder, e disse que tinha sido eles dois brincando, que ele tinha mordido ela”.

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