Fundador do Olodum, João Jorge toma posse como presidente da Fundação Palmares: 'venceremos essa luta'
27/04/2023 14:52 em Bahia

"A Palmares não é minha, não é nossa, é do povo brasileiro", disse o fundador do bloco afro Olodum, o baiano João Jorge, durante o seu discurso de posse como presidente da Fundação Cultural Palmares, na cerimônia que aconteceu nesta quinta-feira (26), em Brasília.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve ao lado de João Jorge durante a cerimônia. Além dela, a secretária de Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães; a reitora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Adriana dos Santos; e as embaixadas do Zimbábue, República de Gana e da República Unida da Tanzânia participaram do momento.

 

Em seu discurso, João se emocionou ao falar que o símbolo da Fundação Palmares, um machado que simboliza a justiça, voltou para a instituição. Nas religiões de matriz africana, o machado também simboliza a orixá Xangô.

 

 

"Eu estou falando emocionado porque estive com os presidentes da Palmares e depois cheguei em Brasília e encontrei as fotos deles jogadas em um depósito. Um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô e disse que escondeu para não jogarem fora", contou.

 

 

Nos últimos anos, a Fundação Palmares foi palco de polêmicas. Uma delas foi a mudança do machado de Xangô para uma nova logomarca com elementos da bandeira do Brasil e as cores verde e amarela no nome da fundação.

Além disso, o ex-presidente Sergio Camargo chegou a chamar o Dia da Consciência Negra de "Dia da Vitimização do Negro".

 

 

"Nós venceremos essa luta. Somos o canto desse país, o som dos tambores desse país, as águas desse país. Nós demos a nossa civilização para essa nação", afirmou João Jorge.

 

 

Segundo o novo presidente da Fundação, a instituição precisa de recursos e uma maior facilidade para apoiar e desenvolver projetos - pontos que João Jorge afirma já ter informado ao senador Jaques Wagner e ao presidente Lula.

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