Família cria campanha virtual para comprar prótese de titânio para criança que teve perna amputada após ser diagnosticada com câncer

Bahia

Publicado em 25/01/2023

Uma família de Wenceslau Guimarães, no baixo sul da Bahia, criou uma campanha virtual para arrecadar dinheiro e conseguir comprar uma prótese de titânio que custa cerca de R$ 50 mil para a pequena Yume Sisnane, de 8 anos. Em 2019, ela foi diagnosticada com osteossarcoma, um câncer nos ossos, fez quimioterapia, mas precisou amputar a perna esquerda em janeiro deste ano.

Segundo a mãe de Yume, Betânia Sisnane, a filha começou a ter dor na perna aos 5 anos.

"Eu fiquei preocupada, levei no ortopedista. O médico disse que seria osteomielite e encaminhou a gente para Salvador, onde foi diagnosticado que minha filha estava com um câncer ósseo", relatou.

O pai da menina, Antônio Oliveira Silva, disse que foi difícil receber a notícia de que a filha precisaria amputar a perna.

"A reação não foi boa. Nenhum pai vai querer que ampute um membro do corpo do filho. Hoje eu aceitaria mais amputar uma perna minha, do que amputar a da minha filha", afirmou.

Yume fez a cirurgia de amputação no Hospital Martagão Gesteira, na capital baiana, que é referência no atendimento ao público infantil. Ela colocou uma prótese interna, também conhecida como endoprótese. No entanto, os médicos perceberam que esse tipo de prótese não é o ideal para a menina.

"A perninha dela ia ser sempre mais curta do que a outra. Então, por isso, não ia ter sucesso", detalhou o pai da pequena.

Família cria campanha virtual para comprar prótese de titânio para criança que teve perna amputada por causa de câncer — Foto: Arquivo Pessoal

A tia de Yume, Marilene da Paz, detalhou quais são os benefícios da prótese de titânio para a sobrinha.

"Segundo os médicos, a prótese oferecida pelo SUS não tem essa independência total de tomar um banho na piscina, andar na praia. Essa prótese [de tiânio] que a gente está pedindo a ajuda de todos vocês, é uma prótese que ela vai poder entrar na piscina, vai poder andar na praia e ter uma vida normal", afirmou.

Enquanto não tem a prótese de titânio, a pequena usa cadeira de rodas e conta com a ajuda dos pais para se locomover. Ela sonha com o dia em que vai poder ter mais indepência e voltar a andar.