O caso não foi o único. Desde o início de dezembro do ano passado, dois boletins de ocorrência foram registrados. Em entrevista a TV Bahia nesta quinta-feira (5), uma outra vítima, o analista de sistemas Esiquiel Pedro, disse que também foi enganado pela suspeita. Ao fazer o boletim de ocorrência na delegacia, ele descobriu que existem pelo menos seis casos relacionados a mesma funcionária.
No caso de Esiquiel, ele anunciou uma moto na internet em dezembro. Poucos dias depois, a funcionária da concessionária entrou em contato e pediu para ver a moto presencialmente. Ele foi até a loja, assinou os papeis e conseguiu fazer a venda no mesmo dia.
"Sai certo de que iria receber o valor da moto na minha conta, mas infelizmente não aconteceu. Só descobri que foi um golpe quando vim na concessionaria conversar com a gerência e me informaram que a funcionária havia sido demitida", disse.
A empresa informou que soube do golpe após as vítimas irem até o local. A funcionária suspeita tinha cerca de oito anos na concessionária.
O departamento jurídico da loja investiga os casos já conhecidos. A empresa não sabe dizer quantos golpes foram aplicados.
"Quem quiser, traz os documentos até a empresa que nós vamos apurar todos os casos e vamos responder na medida da nossa responsabilidade. O que pudermos ajudar, vamos ajudar", informou a advogada Daniela Pereira.
Casal da Bahia denunciou golpe após comprar motocicleta — Foto: Reprodução/TV Bahia
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, cabe a empresa lidar com os prejuízos das vítimas dos golpes.
"O código de Defesa do Consumidor fala que o fornecedor é responsável solidário pelos atos dos seus prepostos. Então não é algo que precisa de intepretação. Se a empresa tem um funcionário e ele comete algum tipo de irregularidade, a responsabilidade solidária é do fornecedor. Ele reponde na mesma proporção do funcionário", explicou o diretor de fiscalização do Procon Iratan Vilas Boas.