“Nós já determinamos que a PGE [Procuradoria Geral do Estado] procure meios legais, estudando a forma para que a Chesf possa responder pelo que está acontecendo nesses últimos períodos de chuvas, porque nós entendemos que é preciso uma maior responsabilidade sobre a gestão das águas da Barragem da Pedra”, afirmou Jerônimo.
Prejuízo de cerca de R$ 100 milhões
Chuva deixa ruas alagadas e moradores avaliam prejuízos em Jequié, no sudoeste da Bahia
Após a enchente, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Prefeitura de Jequié estimam que a tragédia tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões em todo o comércio.
Entre os comerciantes afetados pela cheia estão o casal Liliana Araújo e Rafael Santos. Eles tinham um açougue há mais de 30 anos e perderam mais de R$ 50 mil em mercadorias.
"Acabou tudo. Não sobrou nada", lamentou a comerciante.
Outro comerciante afetado foi Júlio de Jesus, que se emocionou durante a limpeza do estabelecimento. Segundo ele, ninguém foi informado sobre o aumento da vazão da Barragem de Pedra, que causou o transbordamento do Rio Jequiezinho.
"Não avisaram nada, pegaram a gente de surpresa, soltaram a água. Ficou tudo alagado em questão de meia hora e a gente sem saber o que fazer", relatou.
Por meio de nota, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informou que começou nesta terça uma nova operação de redução da vazão do patamar de 1,6 mil para 1 mil m³/s até uma nova avaliação.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 350 salvamentos foram realizados em Jequié esta semana.
Após o período dos resgates, a Defesa Civil do município segue com o monitoramento das áreas de risco, além de dar suporte para mais de 500 famílias que estão desalojadas e 130 desabrigadas.