Família denuncia suposto médico que cobrou R$ 2,6 mil por atendimento de paciente em hospital público da Bahia
15/12/2022 15:02 em Bahia

A família de um paciente, de 86 anos, que está internado no Hospital Ana Nery (HAN), em Salvador, denunciou um suposto médico que teria cobrado R$ 2,6 mil para a realização de exames de urgência na unidade pública. O caso foi registrado na Polícia Civil e é investigado.

 

O caso aconteceu na terça-feira (13). De acordo como filho do paciente, Miguel dos Santos, de 50 anos, o suposto médico se apresentou como "Doutor Everaldo Ribeiro".

 

 

"Ele apresentava um sotaque de alguém do sul e sudeste. Me afirmou diversas vezes que era o chefe daquele setor do hospital", contou Miguel dos Santos, filho de Crispianiano dos Santos.

 

Após insistência na realização do pagamento, a família percebeu que poderia se tratar de um golpe e ainda na terça, registrou um boletim de ocorrência através na delegacia virtual da Polícia Civil da Bahia.

"Um parente meu que é advogado realizou o processo do B.O através da Delegacia Virtual da Polícia Civil. Meu sobrinho chegou a digitar o valor e a conta do PIX para enviar, por sorte, eu o convenci para que não realizasse o envio", disse Miguel dos Santos.

Segundo o filho do idoso, outras pessoas relataram ter recebido a mesma ligação.

 

 

"Outras pessoas no ambulatório me relataram que também receberam a ligação, mas eu não sei se tiveram a mesma sorte da minha família".

 

 

 

O que diz a Sesab

 

 

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou, que a equipe do hospital entrou em contato com a família para reforçar que o atendimento oferecido pela unidade de saúde é gratuito.

Além disso, a direção afirmou que vai intensificar a divulgação da informação nos murais digitais do hospital e com a entrega de panfletos para familiares.

A Sesab contou que investiga a possibilidade de envolvimento de algum funcionário da rede do hospital e afirmou que vai colaborar com as investigações.

A diretoria da unidade de saúde disse que nenhum colaborador tem a permissão para solicitar pagamentos para realização de exames ou consultas. Caso seja comprovada a participação de algum colaborador, o hospital deve aplicar punições
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