O investigador foi identificado como Luís Reis Fiúza e está detido por descumprir uma medida protetiva contra a ex-companheira e mãe do filho do casal, Adriana Cunha. Ela contou que além da suposta delegada, outro homem também se passou por policial para pegar o menino. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, para saber se os dois fazem parte da instituição, e aguarda posicionamento.
"Foram eles dois e o terceiro, que é o irmão mais velho de Miguel. Eles disseram que a escola estava com algum problema, e que precisavam conversar com a professora. Ele [irmão da criança] pegou meu filho e foi para a escada", descreveu Adriana.
Para levar a criança, os suspeitos ainda teriam usado um documento, que eles afirmaram ter partido da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Esse documento foi oferecido pelo pai da criança.
"O outro, que se dizia [da] polícia, chegou com um papel que foi impresso da Dercca, pelo pai, esfregou na cara dela e perguntou se ela ia querer ser presa por desacato a autoridade. Aí Miguel ficou gritando: ‘pró, me salve, me salve’, e eles conseguiram 'travar' a professora e sair”.
Investigador se apresentou à polícia
Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Salvador — Foto: Itana Alencar/G1BA
O investigador Luís Reis Fiúza foi detido após se apresentar em delegacia. Por decisão da Justiça, ele perdeu o direito de visita paterna ao próprio filho. Além da investigação por causa do sequestro da criança, a polícia também apura a conduta dele no âmbito administrativo.
O policial pode ser suspenso do cargo e até demitido, caso haja comprovação da falta administrativa. O caso segue sob investigação pela Dercca.