Com a entrada em cena do diretor artístico Marcus Preto, a chama de Recanto permaneceu acesa em álbuns posteriores como Estratosférica (2015) – disco em que, sob produção musical de Kassin e Moreno Veloso, Gal deu voz a músicas inéditas de Arthur Nogueira, Céu, Criolo, Mallu Magalhães e Zeca Veloso, entre outros nomes da geração anos 2010 – e A pele do futuro (2018), gravado com produção musical de Pupillo e com repertório que incluía músicas de Tim Bernardes, Silva, Emicida, Gilberto Gil e Adriana Calcanhotto, além de dueto com Marília Mendonça (1995 – 2021), musa da sofrência feminina sertaneja.
Ao lançar o álbum de estúdio Nenhuma dor (2021) no ano passado, Gal voltou novamente ao passado, mas já antenada com o presente, fazendo duetos com nomes com Tim Bernardes, Zé Ibarra e Zeca Veloso.
A dor sentida hoje pelo Brasil somente é amenizada pela certeza de que a voz de Gal Costa – a mãe de muitas vozes – fica eternizada como lâmina cristalina que atravessou e abrilhantou todos os caminhos da música brasileira de 1964 a 2022.