Oficial baiano morto a tiros em SP se encontraria com a família no dia do crime; 'estava arrumando as malas', diz viúva
08/11/2022 16:24 em Bahia

A família do oficial da Aeronáutica baiano morto em ataque a tiros, a caminho de um aeroporto em São Paulo, encontraria com ele no mesmo dia do crime, na segunda-feira (7). Ricardo Mendes de Sena tinha 48 anos e morava em Brasília, mas participava de um curso em São Paulo. Até a tarde desta terça-feira (8), ninguém foi preso.

 

  • Oficial da Aeronáutica morto em ataque a tiros a caminho de aeroporto em SP era baiano e cursou música na Ufba
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    Em entrevista a TV Bahia, a viúva Sandra Félix contou que ela e uma dos três filhos do casal viajariam para Brasília por volta das 15h para encontrar Ricardo. No dia anterior, o casal se falou normalmente e fez planos para os dias que passariam juntos.

    Na manhã de segunda-feira, Sandra disse que recebeu uma ligação do celular do marido por volta das 6h da manhã. Quando retornou, outra pessoa atendeu o telefone e contou que Ricardo sofreu um latrocínio.

     

     

    "Eu estava arrumando as malas para encontrar com ele e vi as ligações. Quando retornei, uma outra pessoa atendeu. Eu pensei que ele estava doente, internado em algum lugar e perguntei o que tinha acontecido. A pessoa que atendeu se identificou como investigador de Campinas", contou.

     

     

    Porém, em nota, a Polícia Civil de São Paulo informou que os criminosos levaram a maleta e o celular do oficial da Aeronáutica. Não há informações sobre quem realmente fez a ligação para a viúva.

    A viúva do oficial ainda contou que ele não costumava levar nenhum tipo de documento oficial que pudesse motivar a ação dos criminosos. Ela também informou que a vítima viajava apenas com uma bagagem de mão e uma mochila, onde guardava o computador.

    "A única coisa que ele poderia estar levando eram os módulos do curso e partituras musicais, porque a música era a vida dele. Ele dava aulas para pessoas da Inglaterra e até do Japão, acordava de madrugada para ensinar", contou.

    O corpo do oficial deve chegar em Salvador na madrugada de quarta-feira (9). De acordo com a família, o sepultamento será ainda na quarta-feira, em Salvador. A viúva e os filhos de Ricardo lamentam não terem se despedido dele.

     

     

    "Ele estava muito feliz porque a gente ia encontrá-lo, era o desejo dele. Não dá para entender", desabafou Sandra Félix.

     

     

     

    Relembre o caso

     

    Carro de motorista executivo foi alvejado por disparos de arma de fogo em Campinas; militar da Aeronáutica era passageiro e morreu — Foto: Wesley Justino/EPTV

    Carro de motorista executivo foi alvejado por disparos de arma de fogo em Campinas; militar da Aeronáutica era passageiro e morreu — Foto: Wesley Justino/EPTV

    Ricardo Mendes de Sena, de 48 anos, oficial da Aeronáutica, morreu na madrugada de segunda (7) a caminho do Aeroporto Internacional de Viracopos , em Campinas (SP). Ele estava em um veículo que foi alvejado por vários disparos de arma de fogo quando transitava pela Rodovia Miguel Melhado de Campos.

    De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro modelo executivo se feriu de raspão no rosto e ainda conseguiu dirigir até a base da PM no aeroporto para pedir ajuda. Sena, que que também era músico, acabou baleado na nuca e não resistiu aos ferimentos.

    A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, apurou que o condutor do veículo foi contratado pelo oficial das Forças Armadas para sair de um hotel em Louveira (SP) rumo ao aeroporto, onde o militar embarcaria em um voo para Brasília (DF).

    Por volta das 4h30, o veículo já se encontrava na rodovia onde o assalto aconteceu - a estrada é uma via de ligação entre Vinhedo (SP), que é vizinha a Louveira, e Campinas. Um outro carro se aproximou do veículo executivo e os disparos começaram. Foram ao menos seis tiros que atingiram o veículo das vítimas.

    Os criminosos desceram do carro e levaram a maleta e o celular do oficial da Aeronáutica. Ninguém foi preso. Ainda não se sabe o que havia na mala do militar.

    A perícia foi realizada no local e também no veículo, que foi levado para o pátio da Polícia Militar e depois liberado para a família do motorista.

     

 

 
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