Família denuncia sumiço de motorista por app que saiu de casa para ir em oficina na BA; carro foi encontrado com marcas de sangue

Publicado em 27/10/2022 14:48

Bahia

A família de um motorista de transporte por aplicativo denunciou o desaparecimento dele, depois que saiu de casa para ir em uma oficina mecânicam em Salvador. O homem foi visto pela última vez no fim da tarde do último sábado (22) e nesta quinta-feira (27), o sumiço completa cinco dias. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Ademir Souza Paiva Júnior tem 33 anos e mora no bairro de Jardim Nova Esperança, com a família. Ele é auxiliar de mecânica e estava desempregado, por isso, começou a trabalhar como motorista por aplicativo.

Graziela Paiva, esposa de Ademir, contou que ele saiu de casa e foi até o bairro da Valéria, para buscar um dinheiro que o dono da oficina mecânica devia a ele, além de levar um jogo de rodas que este mesmo homem queria comprar.

“Ele me informou que teria que ir lá na oficina buscar as peças da moto, que o rapaz estava pintando desde o início do ano, e também pegar um dinheiro que esse rapaz estava devendo, e levar um jogo de rodas para esse rapaz ver. Mandou uma mensagem, dizendo que já estava chegando lá na Valéria".

"Às 18h50, mandou uma mandou mensagem dizendo que já estava lá na Valéria. Quando eu liguei para ele, 19h20, ele já não atendeu mais. Mandei mensagem no WhatsApp, já não respondia, porém as mensagens eram entregues e o celular estava chamando ainda".

Sangue no carro

Família denuncia sumiço de motorista por app que saiu de casa para ir em oficina na BA — Foto: Reprodução/TV Bahia

Sem respostas, a família então mobilizou amigos e parentes para irem atrás de Ademir, na Valéria. Nessa busca, um dos primos da vítima conseguiu localizar o veículo. Segundo Gilmar Paiva, irmão de Ademir, o carro estava com marcas de sangue.

“Meu primo foi atrás dele, conseguiu parar o carro. Essa pessoa parou e fugiu deixando o carro. Meu primo pegou o carro e levou para casa, mas quando a gente foi ver, o carro estava lavado e tinha vestígios de sangue", relatou o irmão de Ademir.

"Tinha sangue no carro, tinha marca de unha arrastada nos bancos do carro, e foi aí que veio o desespero. A gente ficou sem saber o que fazer".

Os parentes registraram o caso na Delegacia do Centro Industrial de Aratu (CIA). Em nota, a Polícia Civil informou que o veículo já foi apresentado na unidade policial para perícia, e que equipes fazem buscas para encontrar Ademir. A família alega não ter notícias sobre as investigações e disse que chegou a procurar pelo dono da oficina, para obter informações sobre o paradeiro do motorista, mas não conseguiu detalhes.

"Corremos atrás de todos os lados, fomos nas delegacias, já prestamos queixa e até hoje não deram uma posição para a gente. Tem as imagens que eles têm que recolher, as gravações de celular, até hoje nada foi feito. A gente não sabe onde está o celular dele”, pontuou Gilmar.