O canabidiol é uma das substâncias extraídas da planta da maconha. Um estudo
Cleide Ferreira contou que não sabe como resolver a situação da filha. Ela ainda afirmou que entrou em desespero quando soube que a resolução foi publicada.
"Eu entrei em desespero, porque o remédio que a gente pega no SUS não faz efeito, é como água. Eu não sei o que vou fazer agora, minha filha precisa desse remédio que é fundamental para ela", contou.
O canabidiol é uma das substâncias extraídas da planta da maconha. Um estudo feito em 2017, pela Academia Americana de Ciência, Medicina e Engenharia constatou que o extrato de cannabis é eficaz para combater vários tipos de doença.
A norma entrou em vigor nessa semana e só permite indicação para dois tipos de epilepsia: os casos relacionados à Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e ao Complexo de Esclerose Tuberosa. Segundo o CFM, a prescrição para outras doenças só poderá ser feita se o tratamento fizer parte de um estudo científico.
Segundo o Conselho Federal de Medicina, os médicos que não cumprirem as novas normas ficam sujeitos a punição, que pode variar desde advertência até a cassação do registro profissional.
O CFM afirmou na resolução que, desde a publicação da norma anterior, em 2014, houve um aumento significativo da prescrição do canabidiol no lugar de tratamentos convencionais e cientificamente comprovados.
O Conselho disse que, apesar do sucesso do canabidiol em casos de síndromes convulsivas, houve "resultados negativos em diversas outras situações clínicas".
A Sociedade Brasileira de Psiquiatria divulgou nota apoiando a decisão e afirmou que "não há nenhum registro em nenhuma agência reguladora internacional de nenhum canabinóide para tratamento de nenhuma doença psiquiátrica".
A Anvisa, por nota, informou que vai manter a autorização para os produtos derivados da cannabis independentemente da resolução do CFM. A agência recebeu, no ano passado, 41 mil pedidos de importação de produtos à base de cannabis. Além de autorizar os remédios que são vendidos no Brasil.