Ambas determinações judiciais atendem a um pedido do Ministério Público estadual (MP-BA), que foi motivado pela briga generalizada entre torcedores dos dois times, no dia 4 de setembro. Três homens ficaram feridos na ação – todos eles membros da organizada do Bahia. [Veja detalhes abaixo]
A Justiça também determinou que a sede da TUI seja fechada e impedida de fazer eventos, e também de concentrar torcedores – ainda que sem utilizar elementos que identifiquem a organizada, nos dois dias anteriores aos jogos do Vitória.
Torcida do Vitória lotou o Barradão no jogo contra o Paysandu — Foto: Pietro Carpi/EC Vitória
Com isso, os torcedores estão proibidos de comparecer aos estádios material que os identifiquem como membros da Imbatíveis, como roupas, bonés, faixas, bandeiras ou similares. O g1 não conseguiu contato com um representante da TUI, para comentar o caso.
Além disso, a organizada também terá que manter uma distância de três mil metros dos arredores dos locais dos jogos. A Imbatíveis também deverá apresentar, em até cinco dias, a lista atualizada dos seus integrantes.
Caso haja descumprimento das medidas, a organizada terá que pagar multa diária de R$ 5 mil. A ação ainda cabe recurso.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos feridos — Foto: Redes sociais
O confronto ocorreu na tarde de 4 de setembro, após membros da Bamor interceptarem membros da Imbatíveis, que seguiam para o Estádio Manoel Barradas – o Barradão, para assistir ao jogo do Vitória contra o ABC de Natal. O Bahia não tinha partida neste dia.
- Marcelino Ferreira Barreto Neto, que é atleta profissional de futebol 7, e "puxador" da Bamor: a pessoa responsável por levantar os cânticos nos estádios. Ele teve o estado de saúde mais grave e segue internado;
- Alexandre Cerqueira Franco, que também foi hospitalizado e já teve alta médica;
- Lucas Queiroz da Silva, que passou por cirurgia e segue internado no HGE.
Briga entre torcedores de Vitória e Bahia deixa feridos em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Marcelino Neto, inclusive, foi indiciado por lesão corporal leve por envolvimento no ataque ao ônibus do próprio tricolor, em fevereiro deste ano. O atentado deixou ao menos dois jogadores feridos. No ataque, o ônibus do Bahia foi emboscado por carros e atingido por artefatos explosivos quando chegava à Arena Fonte Nova, antes da partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste.
O jogador que teve ferimentos com maior gravidade foi o goleiro Danilo Fernandes, atingido no rosto, próximo ao olho, e também na perna. Ele recebeu 20 pontos nos múltiplos ferimentos. O lateral-esquerdo Matheus Bahia também ficou ferido.
Ninguém foi preso pelo crime. Além de Marcelino Neto, também foram indiciados pelo ataque ao ônibus:
- Hugo Oliveira da Silva Santos;
- Marcelo Reis dos Santos Júnior;
- Jarderson Santa Bispo.