Bebê de dois meses é um dos infectados pela varíola dos macacos na Bahia, diz Sesab
10/08/2022 14:52 em Bahia

 Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) detalhou que uma das 20 pessoas infectadas pela varíola dos macacos no estado é um bebê de dois meses. A informação foi publicada em no boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (9).

 

 

Ainda conforme o boletim da Sesab, os casos foram registrados em Salvador (14), Santo Antônio de Jesus (2), Cairu (1), Conceição do Jacuípe (1), Ilhéus (1) e Mutuípe (1).

g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que informou que só terá atualização sobre os casos confirmados e suspeitos no estado no final da tarde desta quarta-feira, quando o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) emitir um novo boletim após rastrear todos os dados em análise no estado. Com o caso de Feira, Bahia chega a 21 casos da doença.

O primeiro caso da Monkeypox no estado ocorreu no dia 13 de julho. Ela se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos:

 

  • Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa;
  • Erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

 

 

O que é a varíola dos macacos?

 

varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

 

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se
  • espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

 

Isolamento

 

 

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.

Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.

Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.

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