De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 2.617 crianças foram vacinadas nos três primeiros dias de imunização, entre segunda e quarta (21). No entanto, era possível atender até seis mil por dia.
O público total habilitado nessa faixa etária é de cerca de 94 mil pessoas. A estratégia voltada para elas, porém, enfrenta uma barreira: a falta de doses do imunizante utilizado para esse público, o Coronavac.
"Nós estamos trabalhando com os estoques que havíamos guardado no decorrer do processo de vacinação. O município está consumindo o que tinha e não chegou dose de reposição. Estamos aguardando a remessa de novos lotes pelo Ministério da Saúde", explicou Andrea.
Uma semana depois da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinar crianças de 3 a 5 anos com os imunizantes da CoronaVac, a Bahia não tem doses suficientes para vacinar esta faixa etária. Algumas cidades a exemplo da capital, fazem aplicações, mas a maioria registra falta de vacinas.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), apenas 12,5% dos municípios baianos têm doses suficientes para vacinar as 410.459 crianças baianas entre 3 e 4 anos. A última vez que a Bahia recebeu doses de CoronaVac do Ministério da Saúde foi em fevereiro deste ano.
O Instituto Butantan, onde a CoronaVac é produzida, disse que vai importar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), suficiente para a produção das doses de vacina. Mas aguarda a decisão do Ministério da Saúde para incorporar o imunizante ao Programa Nacional de Imunizações para que possa, assim, ser distribuída.
Já o Ministério da Saúde, na terça-feira (19), emitiu uma nota técnica com orientações para que os estados e municípios façam a gestão dos imunizantes. O objetivo é garantir a segunda dose com o intervalo de 28 dias, até que os estoques sejam restabelecidos.
Para o Conselho Estadual de Saúde da Bahia, é preciso que o Ministério da Saúde faça o mais rápido possível um calendário para o envio de novas remessas para atender as crianças desta faixa etária.