Até a última atualização desta reportagem, a Sesab confirma dois casos no estado, todos em Salvador. No entanto, a prefeitura da capital baiana registra um a mais que a gestão estadual.
De acordo com a diretora do Núcleo Regional de Saúde, Domilene Costa, o paciente é um jovem de 17 anos que deu entrada na noite de quarta-feira (20), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida Esperança, com um quadro clinico compatível para a varíola do macaco.
Na manhã desta quinta (21), o paciente foi transferido para o Hospital Costa do Cacau. O jovem está em isolamento, sendo acompanhando por infectologistas.
Segundo Domilene Costa, o material foi coletado e enviado para o Laboratório Central da Bahia (Lacen-BA), em Salvador, onde vai ser analisado. O Centro de Informações de Emergência em Vigilância e Saúde junto com a Vigilância Epidemiológica de Ilhéus investigam de que forma o jovem teve contato com o vírus.
A secretaria não tem informações de que o jovem teria viajado para algum local que já tem casos confirmados.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.