Suzane Richthofen presta Enem e obtém nota para concorrer a vaga em universidades
30/04/2021 14:44 em Brasil

A detenta Suzane Von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, pode tentar novamente uma vaga em uma universidade. Ela prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para presos e obteve nota para concorrer a uma vaga em cursos em ensino superior.

Suzane, que cumpre pena no regime semiaberto na P1 de Tremembé (SP), está entre os 263 presos de presídios do Vale do Paraíba que foram aprovados no Enem com a nota mínima para concorrer às vagas diretamente nas faculdades ou por programas de incentivo estudantil do governo federal.

Apesar disso, ela ainda não manifestou interesse para nenhuma vaga, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

O prazo para a inscrição do primeiro semestre pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) venceu no dia 23 de abril. Ela ainda pode manifestar interesse em vagas por outros programas, como Prouni e Fies.

Suzane está presa desde 2004 e cumpre pena na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier. A presa obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015 e desde então tem benefício a saídas temporárias. Ela também pode deixar a unidade para trabalhar ou estudar, mas depende de autorização da Justiça.

 

Tentativas frustradas

 

No últimos anos, Suzane vem tentando iniciar uma faculdade, mas sem sucesso. Em 2020, ela conseguiu uma vaga pelo Sisu no curso de Gestão de Turismo, no Instituto Federal de Campos do Jordão (SP).

Suzane se matriculou, mas não chegou a cursar as aulas por não ter sido autorizada pela Justiça para deixar o presídio.

Em 2017, a presa foi aprovada para o curso de administração em uma instituição católica em Taubaté. Para custear a mensalidade, ela pleiteou o financiamento pelo Fies e foi contemplada. Apesar disso, não concluiu a matrícula.

Já em 2016, a presa recebeu autorização para cursar uma outra graduação. À época, ela tentava frequentar as aulas do curso de administração em uma universidade particular. Com medo do assédio fora da prisão, ela pediu à Justiça para fazer o curso online, mas por falta de recursos tecnológicos e aparato no presídio, teve o pedido foi negado.

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