Veja as possibilidades de compra nas ilustrações abaixo:
Em 2020, era possível montar uma cesta com até 15 kg de arroz e feijão, 4 litros de leite e 2 kg de carne, além de até 12 rolos de papel higiênico e 1,5 litro de limpador multiuso.
Fazendo uma substituição da carne por frango resfriado, era possível levar para casa até 3 kg da proteína, 20 kg de arroz e feijão, 5 litros de leite e 3 unidades de cada um dos itens de limpeza e higiene.
Em fevereiro de 2021, caso a carne de primeira fosse a escolhida, era possível levar os mesmos 2 kg, mas isso exigiu cortes em outros produtos. Arroz e feijão passaram de 15 para 10 kg, as 3 dúzias de ovos viraram 2, o leite foi reduzido pela metade e só deu para 1 kg de sabão em pó.
Na compra alternativa, trocando a carne pelo frango, foi possível comprar 3 kg da ave, 3 kg de sabão em pó e o leite voltou para os 4 litros.
O vídeo abaixo mostra como, na contramão do mundo, o brasileiro terminou a última década mais pobre.
Veja abaixo as variações de preços de cada produto entre os períodos:
Veja a variação entre os preços unitários dos itens entre fevereiro de 2020 e 2021 — Foto: Arte G1
De acordo com o Procon-SP, as variações de preços dos produtos da cesta básica aconteceram por motivos como excesso ou escassez na oferta, ou demanda, preços de commodities, variações cambiais, formação de estoques e desoneração de tributos, além de questões sazonais e climáticas.
A carne de primeira, por exemplo, passou de R$ 28,84 o quilo em fevereiro de 2020 para R$ 40,08 no mesmo mês de 2021. Isso aconteceu, segundo a fundação, pela redução na demanda, com quantidade limitada de animais para abate, somada à valorização contínua dos insumos pecuários. De acordo com o IPCA, o aumento da carne foi de 29,5% nos últimos 12 meses.
O papel higiênico passou de R$ 3,90 o pacote com 4 rolos, para R$ 4,83 na mesma quantidade. Só de janeiro de 2021 para fevereiro, o aumento foi de 6,15%, um dos maiores entre os produtos da cesta básica.