Ainda de acordo com o Ministério, o cronograma de entregas é feito com base no monitoramento realizado nos estados e municípios, em parceria com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O número de pacientes internados com Covid-19 subiu 113% no estado de São Paulo em apenas um mês, e é mais de três vezes maior do que em toda a Argentina, que possui uma população semelhante ao estado com aproximadamente 44 milhões de habitantes.
As taxas de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do estado de São Paulo também já superaram os índices registrados no pico de 2020 da pandemia.
Nesta segunda, a ocupação média chegou a 91,9% no estado de São Paulo, contra 77,2% no momento mais grave da pandemia no ano passado, no final de maio.
O índice foi a 91,6% na Região Metropolitana da capital. Na Grande São Paulo, a taxa se aproxima do recorde registrado em maio de 2020, quando a ocupação chegou a 92,2%.
No dia 10 de março, o governo de São Paulo já havia alertado para a dificuldade de atender a população, uma vez que o ritmo de novas internações é maior do que o de altas.
Mortes à espera de leitos
Entre as vítimas, há um menino de três anos, uma jovem de 25, sem doenças prévias, no interior do estado, e um rapaz de 22 anos na capital paulista.
As cidades com maior registro de mortes na fila estão na Grande São Paulo, Taboão da Serra e Franco da Rocha.
Os pacientes estavam cadastrados no sistema de regulação de transferências do estado, mas não resistiram até chegar a vaga, de acordo com a Secretaria da Saúde.