Em número de infectados, o Brasil se tornou também na terça o país com mais casos diários no mundo (83.926, contra 53.579 dos EUA), segundo o Our World in Data, que é ligado à Universidade de Oxford.
O Brasil tem registrado mais mortes mesmo com uma população menor que a dos EUA (209 milhões contra 328 milhões) e da União Europeia (447 milhões).
O bloco europeu é uma união política e econômica de 27 países, entre eles Alemanha, França e Itália, que enfrenta uma terceira onda de Covid-19.
No ranking proporcional, o Brasil é o 7º com mais mortes diárias na última semana (9,8 óbitos a cada 1 milhão de habitantes), atrás apenas de países da Europa Central e dos Bálcãs.
Lideram o ranking: República Tcheca (19,9), Hungria (16,7), Eslováquia (14,9), Bulgária (14,8), Montenegro (14,7) e Bósnia e Herzegovina (13,8). Os quatro primeiros fazem parte da UE.
Na quinta-feira (18), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Klugee, alertou que os novos casos, hospitalizações e mortes na Europa Central e nos Bálcãs estão entre os maiores do mundo.
A escalada da pandemia no Brasil ocorre em meio à falta coordenação para adotar protocolos que diminuam a mortalidade nos hospitais e a curva de contágio, além da escassez de vacinas.
Os EUA têm visto seu número de casos e mortes caírem desde janeiro, em meio à aceleração da vacinação no país, que já aplicou 115 milhões de vacinas contra a Covid.
O país é responsável por cerca 28% de todas doses administradas no mundo e, mesmo com uma grande população, é o 10º no ranking proporcional (34 doses aplicadas a cada 100 habitantes).
Israel (111) e Reino Unido (40), também têm registrado forte redução no número de casos e mortes com um rápido ritmo de vacinação e a adoção de medidas duras de restrição por várias semanas.
A União Europeia também tem sofrido com uma vacinação lenta e escassez de vacinas, mas sua taxa de vacinação em relação à população (12,3 doses aplicadas a cada 100 habitantes) é o dobro da registrada no Brasil (6,1).