Mesmo saindo do hospital e considerado sem riscos de morrer, para ficar bem mesmo demorou bastante tempo, segundo o atleta.
Foram meses reaprendendo a fazer as atividades mais básicas, como falar, mastigar, engolir e andar.
"A força de vontade também manda nisso porque os médicos achavam que eu ia conseguir andar depois de um mês da alta mais ou menos e, no último dia antes da alta, eu já dei uns passos. Demorei uns quatro meses para ter uma vida normal de novo, independente de verdade".
Com ajuda de vários profissionais, como fisioterapeuta e fonoaudióloga, ele recuperou os movimentos e, atualmente, já consegue até malhar - mas sem exageros.
Dos quase 30 quilos que perdeu em poucos dias, ele recuperou 19.
"Sou atleta desde pequeno, nasci em uma piscina praticamente, sempre estive envolvido em vários tipos de esporte, trabalho com isso, tenho academia, não bebo, não fumo, não tenho problema de saúde. Foi um choque viver tudo isso, uma dor psicológica enorme. (...) Mudou tudo, sou outra pessoa, me arrependi de trabalhar muito nos últimos anos, deixei de estar com meu avô que era meu melhor amigo por causa do cansaço. Me arrependi de às vezes, por causa do meu esporte, deixar de beber com meus amigos, de comer o que tinha vontade. Não vale a pena. Ficou muito nítida essa percepção de como a nossa vida é frágil e como pode acabar de uma hora para outra".
Kaique Barbanti disse que voltou a estudar Arquitetura, que é o sonho da vida dele, fechou uma empresa, ficou com apenas uma academia e não adia nenhum abraço em quem ama mais.
"Hoje, se a minha mãe me chamar para comer um pastel, por exemplo, mesmo exausto eu vou. Amanhã eu não sei se eu ou ela vamos estar aqui. O que importa é o presente", concluiu.