Senadores pressionam por CPI da Covid; Pacheco diz que usa se for solução e não para ‘desestabilizar’
12/03/2021 10:49 em Brasil

Com o agravamento da crise sanitária, senadores de diferentes partidos aumentaram a pressão nesta semana para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instale uma CPI da Covid o quanto antes, para cobrar o governo federal a dar respostas a respeito do atraso na vacinação e o colapso do sistema de saúde em vários estados.

O blog mostrou no mês passado que senadores querem, inclusive, judicializar a questão para garantir a instalação da comissão — que está sob avaliação de Pacheco. Na quinta-feira (11), o partido Cidadania pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine a abertura da CPI. No mesmo dia, líderes discutiram o tema e querem uma resposta de Pacheco.

O blog procurou o presidente do Senado. Ele disse que o Senado está com um “conjunto de frentes” contra a pandemia, como a comissão de acompanhamento do Senado, além de aguardar o anúncio do Auxílio Emergencial. Sobre a instalação da CPI, ele disse:

 

“Ainda farei a avaliação sobre a CPI. Se CPI for instrumento para solução, não tenho problema em usá-la. Mas se houver risco de desestabilizar mais o país no auge da crise sanitária, deve ser repensada. De qualquer forma, ainda que pretendida pela minoria do Senado, daremos a resposta o mais breve possível."
 

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), defende que a discussão da CPI seja adiada por 30 dias. Na avaliação dele, daqui um mês, a situação sanitária estará menos grave — e os senadores poderão discutir a instalação de uma CPI, se for o caso, presencial. “Não há ambiente hoje para funcionar presencialmente uma CPI, só se for por Zoom. Por 30 dias, não dá para discutir nada disso. Agora é concentrar em vacina e auxílio”.

Ele acredita também que, se for instalada hoje, a CPI vira palco de embate político entre os aliados de Lula e Bolsonaro também, além de ser usada para que outros governadores sejam chamados a falar- não só Eduardo Pazuello, o ministro da Saúde.

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