Na mensagem, o suspeito comunica à advogada para nunca mexer em suas coisas sem permissão e nem criar ‘confusão’ envolvendo o seu nome ou o da mãe deles.
A Polícia Civil acredita que, possivelmente, os dois possuíam desavenças devido a questões patrimoniais.
João Paulo Mourão foi preso na segunda-feira (15), suspeito de matar a irmã com sete golpes de faca. Após passar por audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decretou a prisão preventiva do irmão da vítima.
De acordo com o coordenador do DHPP, Francisco Costa, conhecido como ‘Barêtta’, João Paulo preferiu se manter em silêncio. "Ele não fala, não confessa", relatou o delegado.
O suspeito ficará, agora, à disposição da Justiça, em uma unidade prisional do estado, aguardando julgamento.
A polícia ainda não concluiu o inquérito policial. A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no crime.
Quarto lavado após o crime
As investigações apontam que, após matar a irmã com sete golpes de faca em seu quarto, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe.
A mãe, ao encontrar a filha machucada no quarto, segundo a polícia, ligou para a empregada doméstica da casa e ordenou que ela lavasse o quarto onde aconteceu o crime.
“Lavaram o quarto, o sangue. Contudo, foram requisitadas perícias e o sangue humano, mesmo sendo lavado, deixa resquícios que a perícia criminal conseguem detectar”, disse Barêtta.
A mãe, segundo o DHPP, teria pedido ainda que a empregada doméstica dissesse aos policiais que o filho estava dormindo no momento do crime, criando um álibi para o suspeito.
A polícia não deu detalhes sobre como teria sido esse contato da mãe com a empregada. De acordo com Barêtta, a mãe, a empregada e outros familiares foram ouvidos e devem ser chamados a depor novamente em breve. Os policiais buscam determinar a participação de cada pessoa no caso.