Infectado com variante do coronavírus no RJ morre; 5º caso no estado, com mutação do Reino Unido, é confirmado
17/02/2021 15:00 em Brasil

Um homem de 55 anos morreu após testar positivo para a variante brasileira do coronavírus no RJ. O óbito foi confirmado nesta terça-feira (17), em coletiva conjunta dos secretários de Saúde Carlos Alberto Chaves (do estado) e Daniel Soranz (do município).

A vítima é de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A Secretaria Estadual de Saúde vai investigar o quadro clínico para saber que impactos a mutação teve no organismo do paciente.

Também nesta terça, o estado confirmou que foi detectada a variante do Reino Unido no RJ. É a quinta pessoa no estado com variante da Covid-19.

O estado tem cinco casos, de duas variantes.

P1, a variante brasileira:

 

  • Homem de 55 anos, de Belford Roxo — morte;
  • Homem de 46 anos, de Manaus;
  • Homem de 40 anos, do Rio;
  • Homem de 30 anos, de Petrópolis.

 

VOC 202012/01, a variante do Reino Unido:

 

  • Mulher de 36 anos, do Rio.

 

O coronavírus que mutou no Brasil, catalogado como P1, foi identificado primeiro em Manaus. Segundo especialistas, é mais transmissível, embora não se tenha confirmação de que seja mais letal.

Segundo o governo federal, até a última segunda-feira (15) foram confirmados 170 casos da nova variante em dez estados, entre eles o Rio.

Os pacientes detectados com a nova cepa da doença foram identificados no Hospital de Laranjeiras, na Zona Sul, e no Hospital do Andaraí, na Zona Norte.

Ambos negaram a possibilidade de antecipar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. “Não anteciparemos a segunda dose a não ser que o Ministério da Saúde tenha alguma orientação”, disse Soranz. “[Seria] Totalmente contrário ao Programa Nacional de Imunização (PNI)”, pontuou Chaves.

Questionado se está faltando coordenação de informações com o Ministério da Saúde, Chaves respondeu: “Acho que está.”

 

Sem informação de origem

 

Segundo um laudo da Fiocruz, não há confirmação se a transmissão da mutação brasileira ocorreu em solo fluminense ou se essa amostra é de alguém que pegou a variante em outro lugar e ficou doente no RJ.

 

"Nós temos diferentes desfechos clínicos relacionados a essa variante, tanto casos brandos quanto casos graves. Não temos dados estatísticos que podemos definir como uma variante mais letal", explicou a infectologista Paola Resende.

 

Segundo a fundação, apenas uma investigação epidemiológica vai apontar a origem do vírus — a cargo das secretarias de Saúde e do Ministério da Saúde.

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!