Defesa recorre ao STF por liberdade de adolescente condenada por matar Isabele depois de dois pedidos negados
27/01/2021 14:28 em Brasil

Após dois pedidos negados em uma semana, a defesa da adolescente condenada por matar Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a soltura da acusada. A defesa pede que ela responda o processo em liberdade até o julgamento.

O relator do recurso é o ministro Edson Fachin.

O pedido de habeas corpus foi negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na última semana. No sábado (23), também foi negado o recurso impetrado pela defesa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A liminar que pedia a liberdade da adolescente também foi indeferida.

Após o indeferimento nas duas instâncias, a defesa entrou com novo recurso no STF.

Nesta semana, a ministra Rosa Weber pediu que a juíza Cristiane Padim, da Justiça de Mato Grosso, preste informações, faça a defesa do ponto de vista e dos argumentos usados para a decisão de internação da acusada como medida socioeducativa e pedagógica.

Esses esclarecimentos da magistrada devem voltar para o STF. O ministro Fachin irá decidir sobre a soltura ou não da adolescente.

O ministro Antônio Saldanha Palheiro, do STJ, afirmou na decisão de sábado (23) que o pedido só pode ser analisado após o julgamento do mérito pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

"A autora está a merecer profundo estudo psicossocial, por experts em psiquiatria forense por fugir dos comportamentos normais de uma pessoa normal e, internação é imprescindível de imediato para que seja submetida a tal avaliação e ações de ressocialização”, diz trecho.

A defesa da adolescente, que cumpre medida socioeducativa, disse que aguardará o julgamento, nos termos da decisão de não conhecimento do STJ.

A Justiça mandou internar a adolescente no dia 19 de janeiro.

A garota foi condenada por tempo indeterminado em regime socioeducativo. A pena será revista e atualizada a cada seis meses, podendo chegar a pena máxima de 3 anos de reclusão.

Com a nova reclamação, esse é o terceiro pedido de liberdade feito à Justiça.

 

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