As declarações de Doria foram dadas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em entrevista coletiva na qual ele responsabilizou o presidente pela crise enfrentada no Amazonas em razão da pandemia do coronavírus.
Manaus entrou em colapso, com hospitais sem oxigênio, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher. O governo de SP ofereceu leitos para a transferência de bebês prematuros que estão sem oxigênio nos hospitais amazonenses.
Doria disse ainda que a falta de oxigênio para pacientes internados com Covid-19 em Manaus decorre da "opção pelo negacionismo" e da "política caótica" do governo federal em relação à pandemia.
"O negacionismo [está] dominando o país no governo federal. Um mar de fracasso, colocando como vítimas milhares de brasileiros que perderam a sua vida e outros milhares que podem perder", disse o governador.
"Está na hora de termos uma reação a isso. Da sociedade civil, dos brasileiros, da população do Brasil, da imprensa, do Congresso Nacional de quem puder ajudar. Ou vamos assistir a isso? Ou vamos assistir a isso por meses e achar que é isso normal, que faz parte e que a ideologia do negacionismo é aceitável?"
Doria também afirmou: "Tenho a sensação de que o governo Bolsonaro gosta do cheiro da morte, e não de celebrar a vida, pois se quisesse celebrar a vida já teria contribuído com o estado do Amazonas para oferecer condições mínimas de atendimento aos brasileiros que lá vivem. Não teríamos assistido às cenas dramáticas que vimos ontem na TV".