O Tribunal Regional do Trabalho condenou uma construtora a pagar R$ 20 mil a um pedreiro de Brasília que durante seis dias ficou em situação considerada degradante: o alojamento onde ele estava tinha mofo, fiação elétrica exposta, banheiro entupido e ratos. O incidente aconteceu em setembro de 2014, durante uma obra em Belo Horizonte (MG). O caso foi divulgado pela imprensa na época, e os trabalhadores foram abrigados em uma pousada. Cabe recurso à decisão. De acordo com o processo, o pedreiro também reclamou que os empregados tinham de dormir em colchões no chão, que precisou pegar dinheiro emprestado durante alguns dias para se alimentar, que o café da manhã e o almoço oferecidos não eram apropriados, que o almoço era servido cru e que a higiene do alojamento era precária. Ele se queixou do problema para o supervisor da construtora, que respondeu que ele estava fazendo “corpo mole”. Depois, o profissional foi afastado dos colegas e ficava isolado. A situação foi constatada na época pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que autuou a construtora. No processo, a empresa negou os problemas no fornecimento da alimentação. Além disso, considerou "excessivo" o valor a ser pago.