“Estava com 23 anos e tinha acabado de começar o relacionamento com Maico, que havia conhecido um ano antes, quando descobri que estava grávida. Dois meses depois, já estávamos morando juntos para esperar Helena, que chegou em 10 de junho de 2016. Certos de que nossa família já estava completa, assim que fui mãe, comecei a tomar anticoncepcionais e nunca mais parei de me precaver. Nem quando meu marido decidiu fazer uma vasectomia, no ano passado, nem depois de descobrir que tinha ovários policísticos, que não impede, mas dificulta a concepção. Estava tomando injeções contraceptivas trimestrais quando, por causa dos cistos, minha ginecologista recomentou que passasse a administrar doses mensais do medicamento. E assim o fiz. Em outubro, novembro e dezembro. Em janeiro, a menstruação não veio. Achei que era por conta dos ovários, e tomei a injeção mesmo assim. Nessa época, comecei a sentir uns enjoos do nada e até passou pela minha cabeça que aqueles sintomas eram parecidos com os de gravidez, mas não podia ser. Mais prevenidos que Maico e eu impossível. O mês correu quase inteiro e, como o mal-estar não passava, pedi para meu marido comprar um teste de farmácia. Fui para o banheiro suando de aflição, com medo de o resultado ser positivo. Mas me tranquilizei quando o aparelhinho apresentou uma linha forte e outra bem fraquinha, que entendi como negativo. Ser mãe de novo realmente não estava, de maneira alguma, nos meus planos.*G1Foto: Arquivo pessoal