Quase 1.000 cidades 'repetiram de ano' na avaliação da educação, aponta relatório.
05/10/2020 10:10 em Brasil

As eleições municipais trarão um desafio a mais para os futuros prefeitos eleitos em 2020. Será preciso repensar estratégias e currículos para reabrir as escolas em segurança, traçar diagnósticos para encontrar os temas que os alunos tiverem mais dificuldade, além de atender a uma demanda maior, provocada pelas transferências das escolas particulares para as públicas devido à crise econômica. Tudo isso em meio a um cenário com menor arrecadação de impostos que financiam a educação e a cortes previstos no Ministério da Educação (MEC), que repassa recursos para programas da educação básica. Em quase 1.000 municípios do país, o desafio será ainda maior. Eles pioraram o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), obtendo uma nota menor nos últimos dois anos (período em que a avaliação é feita). A análise está no relatório "Educação Já - Municípios", feito pela organização Todos pela Educação, que está sendo lançado nesta segunda-feira (5). O documento traça orientações para que os candidatos se preparem para a futura gestão e propõe ações integradas com cidades vizinhas, estados e também entre as secretarias de governo. "A recuperação do país passa pela educação e depende da trajetória escolar, que começa justamente no município. Esta é a eleição municipal mais importante da história do país, porque os futuros prefeitos e secretários de educação vão criar a base para a recuperação educacional, pilar do desenvolvimento econômico e social", afirma Priscila Cruz, presidente-executiva da Todos pela Educação.  “Nunca foi tão necessário que o prefeito esteja no dia 1 da sua nova gestão absolutamente preparado com melhor secretário possível na cadeira”, analisa. Vencido o primeiro cenário da volta às aulas após a pandemia, os futuros prefeitos terão que pensar em estratégias para melhorar o ensino. Nas últimas décadas, o Brasil registrou avanços na educação. Em 2001, as escolas atendiam 87,7% das crianças em idade para estudar e, em 2018, o índice chegou a 96,8%. Mas ainda há muito o que fazer.*G1— Foto: Aaron Favila/AP

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